O torcedor do Athletico vaiou Zapelli e Di Yorio e viu centroavante pedir pra ouvir mais. Partida é marcada por protestos contra a gestão Petraglia
Virada com gosto de 2024 pode definir o que foi Athletico 2 x 1 Paraná, na Ligga Arena. O Furacão saiu atrás em um flashback de seu centenário com gol marcado nos acréscimos da primeira etapa em batida de escanteio, mas conseguiu empatar com os personagens Zapelli e Di Yorio, e virar com os estreantes Raul e Palacios.
Torcida protestou no pré-jogo e no intervalo. Entre faixas, xingamentos e notas de dinheiro com o rosto do presidente, a torcida não perdoou a diretoria pelo rebaixamento no ano do centenário. Os alvos, como de praxe, Marcio Lara e o presidente Mario Celso Petraglia. Detalhes e imagens dos protestos já no Portal Trétis (clique aqui).
Arrisco que nenhum resultado seria pior num primeiro tempo do clássico que abre a temporada para o Athletico, do que o um a zero contra, com gol em bola aérea nos acréscimos. A tônica de 2024 se repetiu no primeiro tempo disputado em 2025. O Athletico de Barbieri pouco conseguiu criar com bola no pé e dependeu exclusivamente das bolas paradas para assustar a defesa paranista, nervosa e pouco qualificada. O Furacão sofreu tento logo cedo com Diogo Tavares e, não satisfeito, tomou um que valeu com Eduardo Tanque, em batida de escanteio na primeira trave.
As grandes dificuldades são remanescentes do trabalho de Babieri no Juarez-MEX, time que deimitiu treinador em outubro do ano passado. A dificuldade em atacar times mais fechados aparecia e o clube mexicano estava entre os últimos colocas quando o assunto era a criação de chances de gol. Outro problema aparece na pressão defensiva. No México, Barbieri tinha dificuldade de controlar a jogada quando tivesse sua linha de pressão vencida pelo adversário, e os dois gols marcados pelo Paraná na primeira etapa ocorreram nesse contexto.
Se as bolas paradas eram o único caminho para o Athletico na partida, a penalidade máxima foi o que gerou o gol de empate. Mas não foi tão simples assim. Lucas Di Yorio havia entrado na vaga de Matheus Babi no minuto anterior e em sua primeira jogada, ajeitou para Zapelli bater de primeira e encontrar o braço direito de Yan Victor. O próprio meia bateu para defesa de Gasparotto. A bola ainda triscou à trave antes de sobrar para Di Yorio, que colocou na rede e comemorou com as mãos no ouvido, em provocação à torcida de seu próprio time.
Os ânimos se exaltaram na Baixada após o gol de empate e o alvo foi Bruno Zapelli. Após pênalti perdido, argentino furou em tentativa de de batida de de fora da área e o Paraná quase marcou no contra ataque. O Athletico mudou, Palacios se tornou ponta direita e na sequência teve novo posicionamento premiado. Passe de Raul o deixou livre de marcação para virar o jogo para o Athletico.
Com a vitória o Athletico soma os primeiros pontos do ano e assume a ponta da tabela no Campeonato Paranaense. A segunda rodada também será disputada na Ligga Arena, contra o Rio Branco na próxima terça-feira (14).
Melhor em campo: Raul foi o mais seguro atleticano em campo. De cabeça erguida conseguia encontrar boas viradas para gerar situações de um contra um. Em boa infiltração, dá o passe que resulta no gol de Palacios.
Pior em campo: Zapelli errou muito do que tentou e isso inclui um pênalti. Pouco conseguiu contribuir em esquema que o garante protagonismo.
Destaque: Di Yorio comemora com as mãos no ouvido, em provocação à torcida do Athletico.
Pesquise e encontre qualquer notícia