E pensar que nada superaria a recente formatura
Vocês sabem o que é um torcedor desde os 10 anos de idade torcer para um time de futebol que está a 2.567,9 km de distância, sem qualquer proximidade real ou ligação poder ter a oportunidade de acompanhá-lo “in loco” em uma final internacional? E mais, vê-lo conquistar uma das maiores glórias do futebol continental diante de um estádio, completamente, lotado e, explicitamente, cheio de emoção? No dia 12 de dezembro, não só tive uma oportunidade inédita no futebol, como pude presenciar a maior experiência da vida. (Não esqueci da coluna sobre a minha história, será a próxima)
Por que a maior experiência da vida? E pensar que nada superaria a recente formatura, mas o Atlético é o sentimento que mais ultrapassa o senso do imaginário da familiarização, da doação e do que é habitual. O futebol não é só futebol, como o Atlético também não é só o Atlético. Acho que aí está o diferencial desta agremiação que, mesmo sem visibilidade e apelo da grande mídia, consegue conquistar seguidores das mais impressionantes formas. O atleticano é diferente de todos os outros torcedores, não digo melhor, mas diferente. Tudo é diferente.
Voltando ao dia 12, que experiência f… Não poderia encontrar outro adjetivo para o que foi a final. Pude realizar o meu maior sonho vendo o Atlético consagrar-se dentre as grandes forças levantando uma p… taça diante de mais 40 mil pessoas. Se valeu o dia inteiro de viajem? Foi muito pouco. Mas e o sofrimento do jogo? As maiores conquistas estão nas mais emblemáticas histórias. Não mudaria um “tiquinho” do que foi a vitória nos pênaltis, com muito drama, entrega e sofrimento. Ficarei velhinho (tomara) e lembrarei do pênalti perdido pelo Jarlan Barrera no segundo tempo da prorrogação. Ficarei velhinho e lembrarei da GV Superior tremendo com a empolgação do estádio lotado. Ficarei velhinho e lembrarei das lágrimas de emoção com o pênalti convertido pelo general.
Precisamos reverenciar o protagonismo do Tiago Nunes, o brilhantismo do Petraglia nos bastidores e a grande dedicação dos jogadores. Conjuntamente, solidificaram um time de guerra campeão estadual para um time de guerra também campeão sul-americano. Uma história que poderia ser contada em filme, mas que ainda não apresentaria o seu capítulo final. Quem sabe não possa superar essa experiência em 2019? Torceremos todos.