Clube gastou apenas US$ 1,3 milhões em contratações para o elenco de 2020
Desde que o ciclo campeão iniciou-se em 12 de dezembro de 2018, o Athletico já contabilizou mais de 240 milhões de reais em vendas. As negociações de estrelas que fizeram parte das conquistas do time nos últimos dois anos – A Copa Sul-americana 2018 e Copa do Brasil 2019 – por um lado frustra torcedores que esperavam a manutenção do elenco campeão, mas agrada ao financeiro do clube. A cifra de R$ 240,3 milhões em vendas foi atingida com a venda de Léo Pereira ao Flamengo na última terça-feira.
Esse valor começou a ser acumulado com a venda de Pablo no fim de 2018. Ele foi vendido por 6 milhões de euros ao São Paulo (R$ 26,6 milhões na data da negociação), valorizado pelo destaque no ataque campeão Sul-Americano. O jogador, porém, ainda não chegou a ter brilhantes desempenhos no tricolor paulista.
Depois dele, foi a vez de Renan Lodi. O lateral foi uma das maiores vendas da história do clube, com o preço de 20 milhões de euros (R$ 87,5 no momento da venda) pago pelo Atlético de Madrid. Parecia um valor difícil de ser superado por um jogador do mesmo elenco, mas depois do estrelato como um dos melhores meio-campistas do Brasil, Bruno Guimarães foi comprado pelo Lyon por 20 milhões de euros (R$ 93,8 milhões na cotação de hoje) acrescidos à 20% de lucro em futura revenda do jogador. Este foi o maior negócio já feito pelo clube na história.
Por último, Léo Pereira foi anunciado pelo Flamengo depois da saída do zagueiro Pablo Marí do time carioca. O preço do jogador não foi divulgado, mas deve girar em torno de 7 milhões de euros (R$ 32,4 milhões) por 100% dos direitos econômicos. O acúmulo milionário pode ainda aumentar. Na mira de Corinthians e Palmeiras, Rony provavelmente será o próximo a se despedir da camisa rubro-negra por um valor que deve se aproximar dos 6 milhões de euros (R$ 28 milhões).
O Furacão também terá ou já teve que repassar 30% das vendas de Léo Pereira, Renan Lodi e Bruno Guimarães para Trieste e Audax Osasco, respectivamente. O clube de Santa Felicidade teve direito aos dois primeiros atletas, enquanto que o clube paulista receberá a parte do camisa 39.
Em contrapartida das saídas milionárias, o clube investiu pouco em nomes para o elenco principal de 2020. O Furacão tentou negociar empréstimos de Gabriel Fernandez (Celta) e Gabriel Novaes (São Paulo, emprestado ao Córdoba), mas foram barrados até o momento. O clube espera conseguir o empréstimo de Vitinho (Cercle Brugge), depois do recuo do Bragantino no interesse pelo jogador.
As únicas negociações feitas até o presente momento foram as aquisições de Fernando Canesin, do Oostende, da Bélgica, por 100 mil euros, e a compra de 20% dos direitos de Carlos Eduardo, do Palmeiras, por US$ 1,2 milhão, além do empréstimo de Marquinhos Gabriel – sem custos, apenas com o Athletico arcando cerca de 50% do salário mensal do meia.
Em 2019, o Clube gastou com os empréstimos dos argentinos Tomás Andrade (US$ 50 mil), Braian Romero (US$ 250 mil) e Marco Ruben (US$ 200 mil), além da compra de Abner Vinícius, avaliada em R$ 10 milhões. Outros atletas que estão nos aspirantes como Elias Carioca (R$ 700 mil) e Denner (valor não divulgado) também foram adquiridos em definitivo. Empréstimos, como de Madson, Thonny Anderson, Pedro Henrique e Camacho não tiveram o valor divulgado. É o mesmo caso para atletas que vieram emprestados com opção de compra para os aspirantes como Danilo Boza, Juan Boselli, Pedrinho, entre outros.
Incomodados pela venda das estrelas que conquistaram os maiores títulos da história do clube paranaense, torcedores têm demonstrado insatisfação com a diretoria e uma baixa na expectativa para a temporada. Supercopa do Brasil (contra o Flamengo), Libertadores da América e Campeonato Brasileiro terão de ser disputados sem o elenco responsável por elevar o patamar do clube nessas competições e com a esperança de que novos nomes surjam a partir do elenco de aspirantes.
O diretor de futebol do Clube, Paulo André, declarou no podcast oficial do Athletico que as “principais contratações serão as manutenções de jogadores”.