Mesmo que com nível baixo da Liga Peruana, Alianza Lima mostra bons padrões e não perdeu em casa desde a contratação do treinador Guillermo Salas
Onze anos sem vencer na Copa Libertadores, dono de maldição e reforçado para 2023, o Alianza Lima é adversário do Athletico na primeira rodada da Copa Libertadores. Bola rola às 19h30 (Brasília) no estádio Alejandro Villanueva no bairro de Matute, em Lima, e expectativa é de casa cheia e clima de Libertadores.
Los Aliancistas, como é conhecido o time peruano, chegam para partida decisiva com bom retrospecto na temporada. São oito jogos com seis vitórias e duas derrotas – uma por W.O. – na Liga 1 peruana, e liderança garantida com dois pontos de vantagem ao segundo colocado. Time comandado por Guillermo Salas tem 12 gols marcados e sete sofridos, e é atual bi-campeão do campeonato nacional.
Em Copa Libertadores já são 29 jogos sem vencer. Desde 2012, quando venceu o Nacional-URU, time tem quatro empates e 25 derrotas, uma delas por placar de 8 a 1 contra o River Plate, no ano passado. Jogo viu seis gols de Júlian Alvarez, hoje no Manchester City, e dá pra traçar um paralelo com Vitor Roque – quatro desses seis gols saíram em jogadas de transição ofensiva, atacante explorou as costas de zagueiros que permanecem.
O lateral esquerdo Lagos e o goleiro Campos devem ser os únicos titulares que estiveram naquela partida, mas os zagueiros Míguez e Vílchez permanecem o elenco, mesmo que não devam entrar em campo nessa noite. Salas, como informam à Tretis, deve escalar 11 inicial com: Campos, Chavez, Zambrano, Garcia e Lagos; Ballón, Concha, e Cueva; Costa, Reyna e Sabbag.
Na lateral direita, time tem desfalque do titular Gino Peruzzi – com passagens por Boca Juniors e San Lorenzo. Outro que passou pelo Colchonero é o zagueiro Carlos Zambrano, que esteve com a seleção peruana na última data FIFA e chegou até a ser expulso no 0 a 0 entre Marrocos e Peru.
Cueva pode fazer sua terceira partida desde que foi anunciado no Alianza Lima. Com passagens marcantes por Santos e São Paulo, meia atacante foi apresentado como contratação estrelada nos Blanquiazulles e fez apenas duas partidas até aqui – sem gols nem assistências.
E meia divide ataque com Reyna, ponta esquerda também com passagens pela seleção peruana. Não convocado para a disputa dos últimos amistosos, atacante é presença constante na seleção e tem na velocidade e no drible suas principais característcas. Bate bem de fora da área e assume vaga de Franco Zanelatto, jogador em melhor fase do time – tem três gols nas últimas duas partidas.
INFLUÊNCIA DO TREINADOR
Guillermo Salas assumiu o comando do time em setembro de 2022 e levou elenco desacreditado ao título peruano. Em 17 jogos perdeu apenas três – um por W.O. – e nunca perdeu dentro do estádio Alejandro Villanueva, que teve parte de iluminação reformada para este ano e passou a poder receber partidas de Copa Libertadores.
Ex-jogador, Salas aposta em combinações rápidas e na lateralização de um jogo que tem dois finalizadores claros em Sabbag, titular, e Hernán Barcos – aquele com passagem em Cruzeiro, Palmeiras e Grêmio. Os cruzamentos são muito presentes no jogo e bola aérea tem forte influência dos jogadores de meio campo, que infiltram bastante.
Outro ponto forte está nos escanteios. Sempre batidos na primeira trave, tem a corrida de dois jogadores para o setor, enquanto outros dois fecham na segunda trave – o restando ocupa a altura da marca do pênalti. Time tem jogadores altos em Zambrano, Garcia, Ballón e Sabbag, por exemplo, é ponto que chama a atenção.
E O ATHLETICO?
Furacão chega com força máxima à estreia na Copa Libertadores. Segundo a jornalista Monique Vilela, time deve iniciar partida com Bento, Khellven, Zé Ivaldo, Thiago Heleno e Pedrinho; Erick, Fernandinho e Terans; Canobio, Cuello e Vitor Roque. Time praticamente o mesmo da vitória contra o Cascavel no último sábado (1), com Tomás Cuello na posição de Augustín Canobbio e Vitor Roque na de Pablo.
Time tem a novidade do atacante Willian Bigode no banco de reservas e Thiago Andrade, atacante recém apresentado, não viajou com o resto da delegação à Lima, ficou em Curitiba para a realização de exames médicos. Athletico vai para sua nona estreia na disputa pela Gloria Eterna e soma duas vitórias, quatro derrotas e dois empates em jogos de abertura.
RETROSPECTO
Times só se enfrentaram duas vezes na história, com duas vitórias do Athletico na Libertadores de 2000. Clube fez sua primeira partida em Copas Libertadores naquele 3 a 0 em Lima e venceu por 2 a 1 na Arena da Baixada.
Desde 2000 também, nenhum time que dividiu grupo com o Alianza Lima venceu a Libertadores. Maldição afetou o Furacão em 2000, e chegou a pegar time históricos como o São Paulo de 2007 e o Palmeiras de Felipão em 2018.