Balanço de 2022 mostra R$ 47 milhões de lucro e faturamento que chega nos 370 milhões de reais
O Athletico fechou o ano fiscal de 2022 com lucro de R$47 milhões, como informa o balanço das contas publicado na noite desta quarta-feira (27). Time teve 370 milhões de reais em receita e superávit, expressão que significa mais entrada do que saída de dinheiro, que foi o nono seguido para o Athletico, com resultados positivos desde 2014. Informação foi antecipada pela Tretis na noite de ontem:
E nesse valor expressivo de receita operacional bruta, como consta em relatório, a principal fonte de renda atleticana na temporada foram os mais de 129 milhões em direitos de transmissão. Nesse valor entram televisionamento, que somou R$47 milhões aos cofres atleticanos – 22 com o Pay Per View, sete vezes mais o que foi oferecido pela Rede Globo – além de premiações e participações em campeonatos, que ultrapassam os 81 milhões.
Athletico ainda lucrou mais de R$100 milhões com transações de jogadores – aqui está, também, o valor da venda de Bruno Guimarães ao Newcastle-ING, que rendeu 50 milhões de reais ao Furacão pelos 20% dos direitos do jogador que ainda eram posse do clube.
Atividades comerciais como patrocínios (R$18 milhões), loja oficial (R$9 milhões) e Furacão Live (R$22 milhões) se juntam a outros fatores e garantem, também, quase R$80 milhões. O torcedor atleticano contribuiu com pouco mais de R$ 60 milhões e maior parcela desse valor (38M) veio dos sócios Furacão, em ano recorde de associações – clube passou dos 40 mil.
E com o que gastou?
A maior parcela dos 320 milhões de reais da parte de despesas operacionais – R$106M a mais do que em 2021 – fica no gasto com pessoal. Salários (R$98 milhões) e premiações (R$18 milhões) tem bastante impacto no valor que chega nos R$140 milhões. Parte engloba, além do gasto com atletas, todo o gasto com colaboradores.
E valor específico com atletas se fixa nos 51 milhões entre direitos de imagem pagos (R$28 milhões) e transações de jogadores – que mostra apenas 10 milhões de reais no ano em que o Athletico mais investiu em futebol, com custo total que se aproximou dos R$90M. Parcelamento nessas compras pode explicar diferença.
Reformas na Arena da Baixada chegaram aos quatro milhões de reais e envolveram mudanças nos vestiários, as divisões nas arquibancadas, a automação no estacionamento e obras no boulevard. O CT do Caju recebeu investimento maior em 2022, passou dos R$7 milhões.
Furacão terminou o ano com apenas nove mil reais em contas a pagar. Valor é menor do que os 11 mil apresentados em 2021 e coloca o Athletico, mais uma vez, como o time de menor dívida no primeiro escalão do futebol brasileiro, segundo levantamento da consultoria EY.
Pagamento da reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo, ponto ainda incerto e que pode alancar dívida, está próximo de ser resolvido em acordo que dividira valor entre prefeitura de Curitiba, governo do Paraná e Athletico – tripartite.