Athletico joga melhor que o Boca mas é punido pela arbitragem; Confira notas

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Uma expulsão, pênalti não marcado e gol impedido separaram o Furacão da vitória

Em uma partida com muitos erros de arbitragem, o Athletico controlou o jogo durante quase todo o tempo, sofrendo mais após a expulsão de Wellington, mas não conseguiu evitar a derrota. A valentia atleticana não foi suficiente para a pressão que o Boca exerceu nos minutos finais, até Tévez marcar seu primeiro gol na Libertadores, aos 49 do segundo tempo.

 

O goleiro Santos foi mal mais uma vez, tendo falhado no primeiro gol (irregular) do Boca e também aceitando um chute defensável de Tévez no final. O goleiro já acumula falhas seguidas no ano e precisa melhorar se quiser tornar o Athletico competitivo, em uma semana foram pelo menos duas falhas que custaram pontos importantes para a equipe. Claro que ele ainda tem crédito pelos anos dentro do clube, mas nesta temporada ainda está devendo uma grande atuação.

 

O ponto forte da equipe atleticana foi a força no meio de campo, com muita pegada, recuperando bolas a todo momento e tendo em Léo Cittadini seu motor. Na ausência de Guimarães foi Cittadini que deu ritmo para o meio atleticano e levava o time ao ataque. Wellington também foi muito bem na marcação e organização das saídas de bola, mas a expulsão comprometeu sua atuação e o resultado da partida. Antes da expulsão, o volante vinha sendo o grande ladrão de bolas do Athletico e também estava tendo uma alta porcentagem de passes certos.

 

Defensivamente a equipe foi  sólida mais uma vez, quase não dando espaços para o Boca criar chances. Na única “falha”, o gol dos xeneizes estava impedido. Léo Pereira ganhou praticamente todas as bolas e teve muita calma para construir as jogadas, vem crescendo de produção a cada jogo e passa muita confiança para os companheiros. Jonathan jogou mais protegido por Lucho e Wellington, praticamente não ficando no mano a mano em nenhuma oportunidade, ajuste importante feito por Tiago Nunes, que viu o elo fraco da defesa e corrigiu o posicionamento da equipe.

 

O controle do jogo passou também pela imposição de Nikão, que ganhou todas do lateral Más e conseguiu dar continuidade em muitas jogadas de ultrapassagem, hora com Jonathan hora com Cittadini. O camisa 11 fez novamente um ótima partida e foi muito importante para o controle que o Athletico teve no jogo, coroado com uma assistência pra o gol de cabeça de Marco Ruben.

 

Rony tentou muito, mas com o gramado pesado teve seu futebol de velocidade prejudicado, simulou faltas e poderia ter contribuído mais em jogadas de contra-ataque. Demorou para entrar na partida e perceber que precisaria ajudar Renan Lodi nas descidas de Bufarini, principal válvula de escape dos argentinos na partida. O duelo Lodi-Bufarini também proporcionou outro lance extremamente polêmico no jogo, quando o lateral brasileiro fez um cruzamento para a área, no segundo tempo, Bufarini colocou a mão na bola escandalosamente, pênalti ignorado por Carlos Orbe.

 

Marco Ruben foi mais uma vez cirúrgico marcando de cabeça e precisou participar mais do jogo fora da área, ganhou várias da defesa adversária e foi um incomodo que os argentinos tiveram durante quase toda a partida. O argentino fez novamente uma boa partida e já é o artilheiro da Libertadores com 6 gols, com toda certeza a grande contratação do Athletico nos últimos anos.

 

Tiago Nunes foi novamente perfeito ao planejar a estratégia da partida, mesmo perdendo Bruno Guimarães instantes antes do jogo, o treinador atleticano soube postar seu time e passar tranquilidade para que o Athletico controlasse o jogo. Fez alterações corretamente, principalmente a saída de Lucho que vinha caindo de produção na segunda parte.

Confira as notas:

Santos (4)
Jonathan (6)
Paulo André (7)
Léo Pereira (7,5)
Renan Lodi (7)
Wellington (4)* muito bem em campo, mas a expulsão comprometeu totalmente a equipe
Cittadini (8)
Lucho (6)
Nikão (7)
Rony (6)
Marco Ruben (8)
Erick (6)
Robson Bambu (6)
Márcio Azevedo (sem nota) jogou pouco tempo
Tiago Nunes (8)

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