Caldeirão passará a se chamar Ligga Arena e clube receberá quantia de R$200 milhões ao longo dos próximos 15 anos
O Athletico anunciou a venda dos naming rights da Arena da Baixada em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (22). O Estádio Joaquim Américo Guimarães passará a ser chamado oficialmente de Ligga Arena, em alusão à empresa Ligga Telecom, que desembolsará R$200 milhões ao longo de 15 anos de nomeação.
O presidente do conselho deliberativo do Athletico, e presidente em exercício, Aguinaldo Coelho de Farias, anunciou o feito e confirmou: “hoje se concretiza um sonho”. De Farias ainda atestou que a escolha da empresa parceira levou em conta a afinidade com o projeto: “tinha que soprar na mesma direção dos quatro ventos”. Finalmente, confirmou: “a partir de hoje estamos diante da Ligga Arena”
Modelo de parceria entre Athletico e Ligga, agora oficializado, é o terceiro mais rentável do país, atrás apenas dos R$300 milhões divididos em 20 anos de Palmeiras e Corinthians, que venderam os direitos de nomeação de seus estádios para às empresas Alianz e NeoQuimica.
Nelson Tanure, dono do fundo de investimentos Bordeaux, confirmou nome em abril do ano passado, no evento Smart City Expo, em que foi anunciado o resultado da votação popular que confirmou que nova marca da empresa se chamaria Ligga. A, então, Copel Telecom foi arrematada por mais de R$2 bilhões em leilão.
Athletico vende naming rights pela segunda vez na sua história
De 2005 a 2008 o estádio atleticano se chamou Kyocera Arena, em alusão à empresa japonesa Kyocera Mita, que desembolsou R$3 milhões para ter sua marca exposta em nome e fachada do estádio recém transformado em Arena, à época.
Furacão foi o primeiro clube no país a adotar venda dos direitos de nomeação de seu estádio e, desde então, prática tem se tornado mais comum no futebol brasileiro. O caso mais recente é o da NeoQuímica Arena, do Corinthians, que passou a ser chamada assim em 2020.
A marca de bebidas Itaipava é dona dos direitos de Fonte Nova – do Bahia – e Arena Pernambuco e em Minas Gerais o Atlético-MG vai inaugurar estádio em agosto com o nome do banco MRV.
Prática será, no geral, vista pela terceira vez no estádio do Athletico. Além do nome de Kyocera Arena, o setor da rua Madre Maria, que passou a ser na rua Coronel Dulcídio – hoje, chamado assim – se chamava Setor Sundown.
Venda dos direitos de nomeação é comum na Europa
Levantamento da UEFA, entidade máxima do futebol europeu, atesta que 115 estádios no Velho continente tem seus nomes atrelados a alguma marca. Lá até alguns centros de treinamento nomes que fazem alusão a seus compradores, como o CT do Manchester United, nomeado depois da compra da seguradora inglesa Aon.