Furacão tem sequência de 11 partidas seguidas com gols tomados, número que dobra a segunda pior marca. No período, rubro-negro tem saldo negativo
Dois meses e dez dias. Período, que se confundo com a data da vitória do Athletico contra o Flamengo, fora de casa, por 3 a 0, é também o mesmo em que o Furacão não passa uma partida completa ser sofrer nenhum gol. São 13 gols sofridos em 11 jogos nesta sequência, média de 1,18 por jogo, enquanto marcou apenas 11.
Média é maior do que a de 0,98 dos gols sofridos por jogo pela defesa do Athletico. Sequência de 11 partidas também é a maior da temporada no quesito, e mais do que dobra a que ocupa a segunda colocação – em período que vai da vitória por 3 a 2 contra o Coritiba, em 14 de maio, até a derrota contra o Grêmio em casa, por 2 a 1, em 27 de maio.
Quando perguntado sobre fato, o zagueiro Cacá justificou:
“Temos trabalhado muito. Ninguém entra no jogo pensando negativo, a gente sempre pensa positivo em não tomar gols, mas do outro lado tem outros jogadores com grandes qualidades, e, por mérito, furam nossa defesa e conseguem fazer o gol. Acontece, é do futebol, vamos continuar trabalhando.”
Zagueiro continua, diz que não há nada concreto que o Athletico possa fazer para melhorar nesse quesito, e finaliza: “Temos que trabalhar e continuarmos focados. Infelizmente as equipes estão conseguindo fazer gol na gente, temos que melhorar, só isso.”
Nestes 11 jogos com gols sofridos, apenas duas vitórias – contra Grêmio e América-MG. Nas duas o Athletico saiu atrás no placar, e teve defesa vazada logo no primeiro chute do adversário. Dinâmica, na verdade, se tornou comum neste período recente. Confira levantamento:
Adversário | Quantidade de chutes para marcar pela primeira vez |
Bahia | 22 (marcou aos 73′) |
Fortaleza | 12 (marcou aos 54′) |
Palmeiras | 2 (marcou aos 6′) |
Corinthians | 7 (marcou aos 64′) |
São Paulo | 1 (marcou aos 10′) |
America | 1 (marcou aos 3′) |
Botafogo | 2 (marcou aos 24′) |
Grêmio | 1 (marcou aos 7′) |
Bragantino | 4 (marcou aos 34′) |
Coritiba | 3 (marcou aos 14′) |
Internacional | 4 (marcou aos 36′) |
Defesa sofre com desfalques
Dos jogadores disponíveis, apenas Thiago Heleno, Esquivel e Cacá – que chegou na metade da temporada – não perderam jogos por lesão. Madson, Kaíque Rocha, Fernando, Matheus Felipe e Pedro Henrique, por lesões simples ou graves, desfalcaram o Athletico.
Vinícius Kauê, ainda pouco testado entre os profissionais, e Bruno Peres, que passa por recondicionamento físico, não conseguiram ter boas atuações. O Athletico também perdeu o lateral-direito Khellven na metade da temporada, vendido, além do zagueiro Zé Ivaldo, afastado, depois com contrato rescindido.
O goleiro Bento também entra nesta conta, com cinco semanas de recuperação por lesão no músculo posterior da coxa. Neste caso, porém, reposição com o reserva Léo Linck manteve nível técnico.
Nos últimos 10 jogos, o Athletico tem média de gols sofridos maior do que de gols marcados
Sequência é, também, a que Vitor Roque não esteve em campo pelo Furacão, por recuperação de lesão no tornozelo direito. Sem o atacante, o rubro-negro – que marcava 1,5 gols por jogo – teve média de gols diminuída para apenas um por partida, enquanto sofre 1,18 – fator pode explicar pior sequência da era Wesley Carvalho.
O Athletico pode voltar a contar com Vitor Roque para a partida contra o Vasco, neste sábado, às 19h30, na Ligga Arena. Furacão tenta voltar à briga por vaga na Copa Libertadores de 2024 – nesse momento, está há seis pontos do sexto colocado, Flamengo.