Cadeiras quebradas e campanha contra a "Torcida Humana" em clássicos realizados em 2019 são cobradas pelo Furacão na Justiça
Em processo que corre na 7° Vara Cível de Curitiba, o Athletico pede ao Coritiba e ao presidente Samir Namur uma indenização de R$ 140 mil por danos ao patrimônio e também por danos morais contra o Clube, em clássico realizado no dia 30 de janeiro de 2019, na Arena da Baixada. A ação foi protocolada no último dia 11 de maio.
Na ocasião, o Coritiba disputou o clássico com uma camisa com os dizeres “Torcida humana, ideia pathetica” e “Torcida humana, mais uma falácia”. O presidente Samir Namur deu entrevistas à imprensa na semana do clássico sugerindo fascismo por parte do Athletico: “Tem algo, sim, de fascismo. Nas ditaduras fascistas isso acontece”, disse o mandatário rival à Transamérica.
Além disso, o Clube postou a campanha nas redes sociais e vendeu as camisas da partida, posteriormente, por um valor superior ao de mercado. O valor pedido na indenização por danos morais é de R$ 104.500 (100 salários mínimos), que devem ser destinados a entidades beneficentes de combate à violência.
Já no ATLEtiba válido pela final da Taça Dirceu Kruger, a torcida do Coritiba pôde ir ao estádio sem a campanha da “Torcida Humana”. Mas o comportamento de alguns torcedores causou um prejuízo de R$ 35 mil aos cofres rubro-negros. 174 cadeiras e alguns mictórios e tampas de vasos sanitários foram danificados após a derrota do Coritiba para o Furacão.
O Athletico tentou resolver a situação amigavelmente com o Coritiba, mas foi surpreendido com os argumentos de que “não era possível extrair o momento em que cada um dos danos foi causado, tampouco se foram feitos na partida em questão”, bem como o Athletico teria instrumentos que lhe permitiriam “individualizar as condutas e a responsabilidade pelos eventuais danos”.
O Athletico ainda pediu uma tentativa de conciliação em audiência. O Coritiba até a presente data não foi chamado para se defender.