Athletico perde fora de casa em atuação muito abaixo

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Athletico chegou a melhorar no segundo tempo, mas - bagunçado - cedeu o segundo gol em contra ataque

O Athletico perdeu por 2 a 1 contra o Atlético Mineiro pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro 2023. Em partida muito ruim no primeiro tempo e que viu bagunça tática no segundo, comandados de Paulo Turra tem segunda derrota seguida no campeonato, na segunda partida fora de casa.

Como fica?

Com a derrota, o Athletico estaciona nos três pontos e assume posição perigosa na tabela – duas acima da zona do rebaixamento. Furacão volta a campo na quinta-feira (4), contra o Libertad-PAR pela terceira rodada da Copa Libertadores. Bola rola às 21h (Brasília) no Defensores del Chaco, em Assunção.

Time não se encontrou

O primeiro lance da partida fez o torcedor atleticano acreditar em boa atuação. Com 30 segundos, Alex Santana bateu da entrada da grande área para obrigar o goleiro Everson a boa defesa de manchete – e foi só isso. Primeira etapa foi inteira do Atlético-MG contra um Athletico que não encontrava soluções às rápidas transições ofensivas do time de Eduardo Coudet.

A falta de Fernandinho no apoio à saída de bola – principalmente pela direita – fez time que já não tem na construção por baixo um de seus pontos mais fortes ficar ainda mais debilitado. Khellven não teve jogo bom por ali e Erick, substituto de função, não se mostrou confortável. Na esquerda, Alex Santana teve boa dinâmica e Pedrinho jogo seguro, mas nada que contribuisse muito ofensivamente.

Gol sai em bonito lançamento e falha de Zé Ivaldo, que deixou muito espaço para Hulk dominar e bater forte, sem defesa para Bento. Jogo amornou depois dos 9 com pressão tímida dos donos da casa e uma marcação pressão desencaixada dos jogadores do Athletico, que pouco teve a bola.

Em duelo que tem se tornado recorrente nos confrontos entre os dois times, Paulinho parou em Bento, que salvou o Furacão de ir ao intervalo com resultado pior. Lançado nas costas do lado direito da zaga rubro negra, atacante bateu para defesa de handebol do goleiro.

Foram 32% de posse, duas batidas a gol e 0.05 gols esperados – que é estatística que mede quantos gols poderiam ter saído. Retrato de um time que, por decisões técnicas e um mental abalado, não consegue jogar fora de casa, ou ao menos não conseguiu no primeiro tempo.

Bagunça total no segundo tempo

Paulo Turra mexeu no time e postura que foi, ou tentou ser, reativa na primeira etapa, passou a virar abafa. Proposta ficou baseada em cruzamentos para a grande área e Terans quase marcou em batida de fora da área. Mesmo que “efetivo” – entre muitas aspas – time virou bagunça em campo. Vitor Bueno e Pablo, substitutos de Erick e Rômulo, entraram como dupla de volantes.

Hugo Moura passou a fazer a função de zagueiro pela esquerda e Canobbio foi improvisado na lateral direita, depois que choque muito forte com o goleiro Everson tirou Madson da partida. E mesmo com tudo isso, time pouco assustou a zaga mandante bem postada.

Pressão abriu espaços para o outro lado e Athletico ficou muito exposto às transições. Contra ataques se tornavam pesadelos e em rebote de batida de longe de Zé Ivaldo, Hulk ficou no um contra um com Thiago Heleno. Na qualidade, passou tranquilo pelo zagueiro do Furacão para bater de bico e matar partida que já se encaminhava para isso depois da expulsão de Alex Santana.

Depois de bobeada de Battaglia, Vitor Roque marcou seu décimo segundo gol da temporada entre jogos por Seleção Sub-20 e Athletico. Mas placar ficou estagnado no 2 a 1 até o apito final.

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