Athletico reforça posicionamento no mesmo mês em que registrou quinto caso de racismo no último ano e meio, na Arena da Baixada
“O Athletico Paranaense reforça sua veemente posição contra o racismo” abriu o posicionamento do Furacão ao lado de Vinícius Junior, que sofreu racismo de todo o estádio Mestalla, casa do Valência-ESP, na última rodada de La Liga.
Em suas redes sociais, clube reforçou postura antirracista em falas que tem se tornado frequentes. No início deste mês o Athletico encaminhou informações de torcedor identificado por cometer ato racista nas arquibancadas da Arena da Baixada.
Nota que divulgou medida trazia outro posiconamento enfático: “O Athletico Paranaense reforça o compromisso de combater todo e qualquer tipo de atitude discriminatória dentro de seu estádio.”
As arquibancadas do estádio do Athletico viram cinco casos de racismo no último período de um ano e meio
Dois na final da Copa do Brasil de 2021, contra o Atlético-MG, um denunciado dentro de campo por Samuel Santos, lateral do Londrina, no Campeonato Paranaense de 2022 e outros dois nos Brasileiros de 2022 e 23 em partidas contra São Paulo e Flamengo, respectivamente.
Apenas um desses casos resultou em prisão. O torcedor Carlos Alexandre Tonin foi acusado de injúria racial por Samuel Santos, do Londrina – em ato denunciado dentro de campo e em meio a partida – e pagou fiança de R$500 três horas depois de sua prisão. Em todos os outros casos o Athletico encaminhou informações às autoridades.
A justiça brasileira equiparou os crimes de racismo e injúria racial no inicio deste ano – ambos, agora, inafiançáveis e imprescretíveis. Medida também aumentou pena para casos que ocorrem em eventos esportivos e culturais.
“Contra qualquer tipo de atitude discriminatória”
O Athletico também se posicionou, na última quarta-feira (17), contra a homofobia, a bifobia e a transfobia, mais uma vez em suas redes sociais. Postagem tinha relação ao dia internacional de Luta Contra a Lgbtqia+fobia.
Posicionamento é marcante pois há 3 anos, em 2020, clube falhou em se posicionar na mesma data. Fato gerou mobilização do coletivo de torcedores Athletico LGBTQ, que condenou ato, em nota, na ocasião: “A verdade é que o silêncio fala mais do que vagas palavras.”