Athletico terá de retomar equipe feminina após retorno à Série A

Foto: Cahuê Miranda/athletico.com.br

Regulamento da CBF obriga clubes da elite a manterem times femininos; Furacão havia encerrado o projeto após o rebaixamento em 2024

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Com o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, o Athletico volta a ter a obrigação de manter uma equipe feminina. Desde 2019, a CBF exige que todos os clubes da elite nacional tenham times femininos em atividade, regra que volta a valer para o Furacão após o retorno à primeira divisão.

O Athletico já havia desenvolvido um projeto estruturado no futebol feminino, com a equipe conhecida como Gurias do Furacão. O time foi pentacampeão estadual, chegou a conquistar o acesso ao Brasileirão A1 e, mesmo após a queda para a A2, seguia em processo de evolução. Ainda assim, após o rebaixamento do clube no futebol masculino em 2024, a diretoria optou por encerrar o projeto.

A decisão foi marcada por críticas, principalmente pela forma como ocorreu. As atletas não foram comunicadas oficialmente pelo clube e souberam do encerramento da equipe por meio de terceiros e pela internet, situação considerada pouco profissional. O argumento utilizado foi a redução de custos, embora o investimento necessário para manter o futebol feminino fosse considerado baixo em comparação ao orçamento do time masculino.

Com o retorno à Série A, o Athletico não tem alternativa e precisará recriar sua equipe feminina. A exigência faz parte de um plano mais amplo da CBF, que prevê, até 2027, a obrigatoriedade de times femininos também para clubes das Séries B, C e D.

Agora, resta saber qual será o modelo adotado pelo Furacão. O clube pode optar pela reativação direta do time feminino ou pela formação de uma parceria com alguma equipe já existente, prática que o Athletico já utilizou em outros momentos. O planejamento, a estrutura e o formato do novo projeto ainda não foram divulgados.

A expectativa é que, nos próximos dias, o clube apresente definições sobre a retomada do futebol feminino. Com isso, o Athletico volta a integrar oficialmente as competições femininas, cumprindo o regulamento e recolocando o projeto em pauta após um período de interrupção.

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