Nikão foi o melhor em campo e Marcelo Cirino deu duas assistências na vitória atleticana
Atlético teve uma partida de muita organização e inteligência para bater o Fluminense por 2 x 0, em pleno Maracanã, e chegar a final da Sul-Americana. O ritmo da partida ficou definido aos 4 minutos do primeiro tempo, quando Nikão completou um ótimo cruzamento de Marcelo Cirino e abriu o placar, deixando o agregado em 3 x 0. O grande detalhe do gol foi a infiltração de Nikão nas costas da zaga tricolor e a recuperação de posse por Marcelo Cirino, que além de roubar a bola, fez uma bela assistência para o camisa 11.
A partir do primeiro gol, o Atlético se fechou muito bem e aproveitou os contra-ataques para ampliar a vantagem. Nikão mais uma vez teve participação fundamental na jogada do gol. É ele quem recebe o passe de Raphael Veiga, arranca e acha Marcelo Cirino, que serve o volante Bruno Guimarães para sacramentar a classificação atleticana. O detalhe do gol fica por conta da efetividade do contra-ataque atleticano: Nikão arrancou pelo meio em uma situação de três contra três, serviu Marcelo Cirino que entrou em diagonal – da direita para a esquerda – chegou na linha de fundo e cruzou rasteiro para o volante Bruno Guimarães completar a classificação atleticana.
Agora o Furacão espera o vencedor de Independiente Santa Fé e Junior Barranquilla – no primeiro jogo, a equipe de Barranquilla venceu por 2 x 0 no estádio do adversário – para saber quem será seu adversário na inédita final da Copa Sul-Americana 2019.
Notas da partida:
Santos (6) – Pouco acionado durante a partida, fez algumas saídas pelo chão, mas na maioria das vezes a equipe saiu com ligação direta para o ataque. Nos únicos dois chutes ao gol do Fluminense as defesas foram com grande tranquilidade.
Jonathan (6) – Teve uma partida muito coletiva, se segurando na defesa e indo pouco ao ataque. A equipe teve mais saída para o ataque pelo lado esquerdo, mas nas oportunidades em que o lado direito foi acionado, teve tranquilidade para não errar.
Thiago Heleno (7) – O Fluminense pouco criou na partida, mas em algumas oportunidades, principalmente no primeiro tempo, o zagueiro rubro-negro errou no tempo de bola pelo alto e deu condições para os atacantes tricolores. No contexto geral não comprometeu, foi bem pelo alto e ainda salvou um gol do atacante Luciano quase em cima da linha no segundo tempo.
Léo Pereira (6) – O zagueiro pelo lado esquerdo parecia um pouco nervoso no primeiro tempo, com alguns lances de tempo de bola errados e furadas. Porém, no contexto geral da partida e pela inoperância do adversário, o zagueiro atleticano não comprometeu a partida e teve momentos importantes nos cruzamentos. No primeiro tempo, os cariocas reclamam de toque na mão do zagueiro em um cruzamento na área.
Renan Lodi (7) – Seguro na marcação e válvula de escape atleticana durante o jogo. Teve boas aparições nas transições ofensivas e na organização das jogadas de ataque. Se conteve bastante na marcação e fez uma partida sólida.
Bruno Guimarães (8) – Uma partida que começou com pouca intensidade na marcação e acabou com muita confiança e um gol. O volante atleticano – que pode ser considerado a grande revelação do ano – fez uma partida discreta no primeiro tempo e se soltou mais no segundo, coroado com um gol importante. Normalmente, dita o ritmo da partida e faz a equipe atleticana rodar a bola, mas devido às circunstâncias reativas do jogo, acabou sendo o elemento surpresa no contra-ataque.
Lucho Gonzalez (6) – Lucho fez uma partida regular, não teve muita participação na parte ofensiva, mas marcou muito durante todo o jogo. Durante o primeiro tempo, teve uma boa participação na cadência da partida e utilizou sua experiência para acalmar o toque de bola da equipe.
Nikão (8,5) – Nikão foi o craque da partida. Além de fazer um gol, puxou o contra-ataque do segundo. Seguindo sua característica física, fez o pivô em algumas vezes, acelerou as jogadas quando era necessário e cadenciou em outras oportunidades, todas no momento certo. Nos lances decisivos, foi ele quem fez a diferença, além de ganhar quase todos os lances em situações de um contra um.
Marcelo (8) – Por mais que estivesse disperso em alguns momentos, se mostrou colaborativo na marcação e deu duas assistências que foram cruciais para o resultado final. O ponta cadenciou as jogadas de forma excessiva, desvalorizando sua característica principal que é a velocidade, mas se mostrou bem durante o todo da partida. Foi muito bem na recomposição do meio de campo e decisivo no momento ofensivo, sendo bastante acionado nas transições ofensivas, como a do segundo gol.
Veiga (6) – Por mais que tenha sido muito objetivo durante a partida, claramente uma orientação do treinador, foi pouco participativo durante os 90 minutos. Deu início ao contra-ataque do segundo gol, porém, esse foi o grande momento do meia durante a partida. Em um contexto geral, não teve grandes chances de gol e apenas foi um circulador de bolas, pouco para um meia ofensivo.
Pablo (7) – Segurou a bola em muitos momentos importantes e deu origem para alguns contra-ataques. Por mais que não tenha finalizado muitas bolas, criou espaços e fez bons passes aos meias e pontas. Talvez tenha sido o jogador mais voluntarioso na marcação, voltando muito pelo time, mas não conseguiu achar seu espaço nas jogadas ofensivas nesta noite, tendo a importância resumida na marcação e organização da equipe.
Wellington (5) – Entrou no lugar do volante Lucho e acabou errando alguns passes cruciais e fazendo algumas faltas. Pouco fez na parte ofensiva e ainda teve falhas na organização.
Rony (5) – Errou bastante durante a partida e fez muito menos do que se espera dele. No contexto geral, foi uma substituição para segurar a partida e não para ampliar o placar – mesmo assim, o ponta não criou nenhuma jogada ofensiva. Entrou no lugar de Marcelo Cirino para dar mais ritmo e acabou ficando preso na marcação.
Marcinho (sem nota) – Não teve minutos suficientes para ganhar nota.