CAMPEÕES! Athletico vence Inter e conquista título da Copa do Brasil

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Furacão derrota adversário, faz partida memorável e traz o primeiro título da história do Paraná na competição

No último duelo da grande final da Copa do Brasil, entre rubro-negros e colorados, o Athletico levou a melhor. Na noite desta quarta-feira (18), o Furacão bateu o Internacional por 1 x 2 e demonstra ao país – mais uma vez – sua força, sendo o primeiro clube paranaense a conquistar a taça. A partida, realizada no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, sacramenta a ascensão do rubro-negro no cenário nacional.

 

Com o apoio da torcida, que lotou o setor visitante, a equipe de Tiago Nunes buscava suportar a pressão inicial de um Beira-Rio tomado pelos torcedores do Inter. Para isso, organizou o sistema defensivo com as linhas em bloco baixo para dificultar as jogadas ofensivas do adversário. O Furacão veio a campo no sistema 4-1-4-1, com a mesma escalação do primeiro confronto, na última quarta (11).

 

Do outro lado, cientes de que precisavam reverter a vantagem de 1×0 construída em Curitiba, os colorados partiram para o ataque. A proposta do treinador Odair Hellman, que iniciou sem o craque D’Alessandro, foi clara: sufocar o Athletico e abrir o placar já na pressão inicial. No entanto, o Furacão soube se organizar defensivamente e derrotou o adversário dentro do estádio lotado.

 

Primeiro tempo

 

A partida começa a todo vapor, com uma bela defesa do goleiro Santos, já aos dois minutos de jogo. O jogo, porém,  prossegue em ritmo truncado e com diversas faltas, demonstrando o nervosismo dos jogadores em campo. Ainda que não criasse perigo ao gol adversário, o Furacão segura bem o ímpeto da equipe colorada nos 20 minutos iniciais. A partir daí, o Inter assusta em uma jogada de perigo dentro da área, mas que se encerra sem sucesso no cabeceio de Patrick.

 

O Athletico responde no arremate de fora de Léo Cittadini, mas sem sucesso. Em seguida, um contra-ataque fulminante do Furacão: Rony quebra a linha de marcação adversária, Marco Ruben – em um lance de grande inteligência – puxa a marcação para si e toca para Cittadini dominar na entrada da área, livre, e bater de esquerda para abrir o placar.

 

O Internacional busca a reação e, em lance de bate-rebate na área, Nico López aproveita a sobra e empata a partida aos 30 minutos. A decisão volta a ficar truncada, com poucas oportunidades para ambas as equipes. O único lance de ataque ocorre aos 43 minutos, quando Nico López faz boa jogada pela esquerda, mas Santos defende o arremate. O primeiro tempo se encerra empatado em 1×1, com mais volume do time do Inter e o Athletico sem conseguir levar perigo à meta adversária.

 

Segundo tempo 

 

A etapa final da decisão se inicia da mesma forma que a primeira. Duelo amarrado, com a ocorrência de várias faltas. Aos dez minutos, porém, o time gaúcho assusta no jogo aéreo com uma cabeçada de Cuesta; em seguida, volta a ameaçar pelo lado direito. Para conter os avanços, Nunes opta por substituir o garoto Khellven e promover a entrada de Madson na lateral.

 

A disputa cai de produção até os 15 minutos finais, quando o time da casa opta por usar a energia que resta para pressionar o Furacão. O Athletico volta a assustar aos 31 minutos, com cabeçada de Marcelo no cruzamento de Rony, que passa raspando à trave. A partida fica aberta e começa a ganhar toques de emoção, com os dois clubes atacando.

 

Ao fim da partida, aos 42 minutos, Cirino faz bela jogada pela direita e deixa para Lucho, bloqueado, tentar o arremate. Os colorados buscam responder com Nico López, mas Santos faz boa defesa e protege a meta atleticana. O Athletico volta a atacar aos 47′ com uma bela jogada de Rony e Cirino, mas cortada por Edenilson. A torcida atleticana canta e apoia o Furacão nos momentos cruciais quando Cirino, aos 51 minutos, faz jogada antológica pelo lado esquerdo com um drible de letra entre as pernas do adversário e deixa Rony livre para fazer o gol do título rubro-negro! 

 

Foi a quinta final disputada por Tiago Nunes em menos de dois anos, tendo êxito em quatro delas: Campeonato Paranaense de 2018; Copa Sul-Americana; Levain Cup e Copa do Brasil. A única decisão em que o Furacão não se sagrou campeão no comando do treinador gaúcho foi a Recopa Sul-Americana, vencida pelo River Plate. 

 

Na Copa do Brasil, o rubro-negro entrou direto nas oitavas de final por ser um dos clubes que disputava a Libertadores, tendo superado Fortaleza, Flamengo e Grêmio antes do embate com o Internacional – os últimos três também vindos da competição sul-americana. 

 

E não é somente a euforia de um título inédito que anima a equipe rubro-negra: além de uma nova vaga na Libertadores de 2020, o Athletico garante aos cofres R$ 52 milhões com o título. Integrando o valor de todas as fases disputadas, o montante chega a R$ 64,35 milhões somente em premiações.

 

Após as merecidas comemorações, o Furacão volta as atenções ao Campeonato Brasileiro. O próximo jogo está marcado para domingo (22), contra o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. 

 

FICHA TÉCNICA – INTERNACIONAL  x ATHLETICO:

 

Local: Estádio Beira-Rio, Porto Alegre

 

Data e horário: 18/09/2019, 21h30 (de Brasília)

 

Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO), assistido por Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Bruno Raphael Pires (Fifa-GO) 

 

Quarto árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (AB-SP)

 

VAR: Braulio da Silva Machado (Fifa-SP), com assistência de Emerson de Almeida Ferreira (AB-MG) e Leone Carvalho Rocha (AB-GO) 

 

Gol:  Léo Cittadini 21′ (CAP), Nico López 30′ (INT), Marcelo Cirino 52′ (CAP)

 

Cartões amarelos: Nico López (INT), Bruno (INT), Wellington (CAP), Rodrigo Moledo (INT)

 

Cartão vermelho:  

 

Athletico: Santos; Khellven (Madson), Robson Bambu, Léo Pereira, Márcio Azevedo; Wellington; Bruno Guimarães, Léo Cittadini, Nikão, Rony; Marco Ruben (Marcelo Cirino).

 

Técnico: Tiago Nunes.

 

Internacional: Marcelo Lomba; Bruno (Nonato), Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenílson e Patrick (Rafael Sóbis); Nico López, Wellington Silva (Guilherme Parede) e Guerrero.

 

Técnico: Odair Hellmann

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