Com tempos distintos, Athletico sofre virada fora de casa

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Furacão saiu na frente com Vitor Roque, mas tomou virada em partida que promoveu a volta de Marcelo Cirino aos gramados

Em atuação de intenso primeiro tempo e queda drástica no segundo o Athletico perdeu para o São Paulo por 2 a 1, no Morumbi. Partida foi marcada pela estreia de Wesley Carvalho no comando técnico interino do Furacão e pela volta de Marcelo Cirino aos gramados.

Atacante ídolo rubro negro estava há 11 meses e 20 dias sem jogar e voltou a campo contra o mesmo São Paulo, adversário de seu último jogo antes da lesão no ligamento anterior cruzado do joelho.

Como fica?

Com a derrota, Athletico se mantém nos 16 pontos e cai para a nona posição no primeiro dia de jogos da décima primeira rodada. Situação pode piorar se Internacional ou Bragantino vencerem seus jogos – o pior cenário seria a décima primeira posição na tabela.

Furacão volta a campo no próximo sábado (24), contra o Corinthians na Arena da Baixada. Bola rola às 16h pela décima segunda rodada do Brasileirão 2023.

Primeiro tempo

Desde o primeiro minuto a postura do Athletico de Wesley Carvalho foi clara, e reativa. Time mostrava solidez defensiva contra uma saída de bola sem tanta intensidade do São Paulo, e no momento que roubava a bola tentava atacar os espaços nos contra ataques.

Primeira chance neste modelo saiu aos oito minutos – Christian teve espaço na intermediária ofensiva e arrematou para defesa tranquila do goleiro Rafael. Dinâmica apareceu ao longo de toda a primeira etapa e batidas de longe foram recorrentes com Vitor Roque e Alex Santana, ambas para fora.

Partida era controlada e foi em lance em que manteve a posse da bola que o Furacão abriu o placar. Roubada de bola no meio campo precedeu mais de 40 segundos de troca de passes que culminou no pé direito de Vitor Roque debaixo das traves, sem marcação – 1 a 0 Furacão em jogo que tendia a melhorar, mas se igualou.

No ímpeto para empatar e na pressão da torcida mandante o São Paulo chegou ao empate. Momentos antes de Gabriel Neves balançar as redes Rodrigo Nestor bateu de longe para boa defesa de Bento, depois de bola sobrada em cabeçada de Madson para o meio do campo.

Lance parecidíssimo gerou o gol são-paulino. Lançamento da defesa parou na cabeça de Madson, que rebateu para o meio. Luciano lançou Calleri que tocou de calcanhar para trás, Thiago Heleno deixou passar e Neves bateu forte, sem defesa para Bento.

Com o jogo igual, Furacão foi – novamente – superior. Sempre nas transições, assustou com Cuello que bateu cruzado para Alan Franco afastar em cima da linha – bola já havia passado pelo goleiro – e Vitor Bueno, que teve ótima atuação, acertou a trave em cruzamento que tomou o rumo do travessão de Rafael.

Vitor Roque marcou o gol que abriu o placar da partida | Foto: divulgação/Athletico

Segundo tempo

No segundo lance da segunda etapa Luciano colocou no ângulo para virar o marcador em mais um lance com falha da Madson, que não conseguiu acompanhar Rodriguinho, recém em campo. São Paulo já atestava superioridade inicial na primeira movimentação depois do intervalo, quando conseguiu invadir a área atleticana.

Jogo amornou quando o Tricolor baixou suas linhas e obrigou o Athletico propor as ações. Até os 30 minutos o lance que mais proporcionou emoção ao atleticano foi a lesão do lateral Fernando – gerou preocupação. Jogador às lágrimas e com inchaço no joelho.

Dono do meio campo, faltava a intensidade característica do primeiro tempo para que o Athletico chegasse ao empate. Com a necessidade de propor o jogo, Wesley Carvalho colocou Terans e Léo Cittadini em campo, mas mudanças pouco influenciaram.

Se no primeiro tempo time teve três, quatro chances claras de gol, no segundo número se reduziu ao zero. Vícios da antiga comissão voltaram a aparecer, como as excessivas jogadas de mano a mano e as triangulações, presentes no primeiro tempo, desapareceram.

O interino Carvalho promoveu a volta de Marcelo Cirino na tentativa de dar novo gás ao ataque atleticano, também sem sucesso. Willian Bigode entra no mesmo barco. Nem no amontoado de chuveirinhos do final do jogo time conseguiu fazer o goleiro Rafael sujar o uniforme.

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