Como chega o Boca Juniors para a partida contra o Athletico

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Em um momento favorável, Boca tem apenas uma derrota em jogos oficiais neste ano

Sem perder a sete jogos, o Boca Juniors chega embalado para o confronto com o Athletico nesta terça-feira (2), às 21h30, na Arena da Baixada. Os argentinos lideram o grupo com quatro pontos, um na frente de Athletico e Tolima, já tendo enfrentado a altitude da Bolívia no empate em 0 a 0 com o Jorge Wilstermann, além da vitória por 3 a 0 sobre o Tolima, na Argentina. Com Gustavo Alfaro, a equipe adquiriu mais solidez defensiva e vem tendo um ótimo aproveitamento. Desde que ele assumiu a equipe, foram 13 jogos oficiais (sem contar o torneio de Verão), com 9 vitórias e apenas uma derrota.

 

A Trétis conversou com o Flaco Amarelo, torcedor do Boca que escrevia para o blog do Boca no ESPN FC aqui do Brasil, com a intenção de saber qual a expectativa da torcida do Boca para o confronto e também como chega a equipe argentina para esse jogo decisivo. Para ele, a equipe de Alfaro vem vencendo as partidas, mas raramente convence a torcida. “O Boca está ganhando jogos mas nem sempre brilhando. Alfaro arma seus times de trás pra frente. Busca sempre a solidez defensiva e ser efetivo no ataque. Isso vem dado certo. Guillermo tinha um time mais ofensivo. Mortal na frente mas que falhava muito atrás”, disse o torcedor. Os números mostram que a equipe alcançou essa solidez defensiva, nesses 13 jogos o Boca levou apenas sete gols, tendo também ficado sete partidas sem sofrer gols.

 

Gustavo Alfaro assumiu os xeneizes no começo de janeiro, quando substituiu Guillermo Barros Schelotto, treinador que ficou no comando do Boca entre 2016 e o final de 2018. Não se pode falar que o antigo treinador não teve uma boa passagem, em quase dois anos de clube, Schelotto foi campeão argentino duas vezes e ainda foi finalista da Libertadores na temporada de 2018. Libertadores está que causou sua demissão,  após a derrota para o maior rival na final, na metade de dezembro. Para seu lugar, o Boca trouxe Gustavo Alfaro, treinador que estava se destacando no Huracan. Desde sua chegada foram disputados 13 jogos oficiais, sendo nove vitórias, uma derrotas e três empates, o que lhe dá um ótimo aproveitamento de 76%.

 

Individualmente, o Boca Juniors também tem uma equipe muito interessante. O destaque é o volante de 28 anos, Ivan Marcone, que chegou recentemente do Cruz Azul (MEX) em uma transferência de 7,5 milhões de euros. Até gora Marcone foi titular em todas as partidas oficiais de Alfaro no comando, sempre mostrando um ótimo passe e inteligencia para fazer a saída de bola. Para Flaco, o jogador é a principal peça no meio de campo de Gustavo Alfaro, mas ele também destaca Darío Benedetto e Mauro Zárate. “O Boca tem grandes individualidades. Jogadores como Benedetto ou Zárate te fazem ganhar jogos. Marcone tem sido o dono do meio campo. Pavón voltou de lesão e é outro que pode, se estiver bem fisicamente, ser decisivo”, disse o torcedor.

 

Além de Marcone, o goleiro Andrada e o atacante Darío Benedetto também foram lembrados pelo técnico da Argentina, Lionel Scaloni, nessa última convocação. Já Pavón foi levado por Jorge Sampaoli para a Copa do Mundo em 2018, o que mostra a qualidade dos jogadores do Boca. Nesta última data FIFA, além dos três argentinos, o colombiano Sebástian Villa, o uruguaio Nahitán Nandez e o paraguaio Junior Alonso, também foram representar suas seleções.

 

Outro jogador que vem ganhando espaço neste final de temporada com Alfaro é Carlos Tevez. Pouco utilizado com Schelotto, Tevez vem sendo titular na nova equipe, tendo participado de todas as 13 partidas que o novo treinador comandou o Boca. Neste período foram dois gols e duas assistências para o camisa 10, que também vem sendo capitão da equipe em algumas partidas. “Tevez está tendo mais protagonismo este ano. Obviamente não é o Carlitos que um dia vimos, mas entendeu seu papel na equipe e tem tido um bom começo de ano”, completou Flaco.

 

Sobre o clima da partida e qual a expectativa da torcida do Boca para o jogo, Flaco disse que os xeneizes não ligam muito para a outra torcida por sempre tentarem trazer o clima da Bombonera com eles. “Vou ser bem sincero, geralmente a torcida do Boca não dá muita bola para atmosfera da outra torcida. A ideia é sempre ser local mesmo sendo visitante. A preocupação é mais pelo que nós vamos fazer na arquibancada”, falou o torcedor, que também ressaltou a importância do resultado para a sequência do Boca na competição. “Sempre é difícil jogar de visitante na Libertadores. Uma vitória seria espetacular, mas obviamente sabemos que um empate é bom resultado, pois ainda teremos dois jogos em casa pra buscar a classificação”, completou.

 

Independente da atmosfera da partida, Flaco acredita que o jogo vai ser muito difícil para o Boca, que deve tentar cadenciar mais a partida, quebrando uma possível pressão que o Athletico pode exercer. “Sei que o Athletico é muito forte jogando em casa. Geralmente todos os times grandes do Brasil sofrem quando jogam aí. Meu palpite é que o Athletico queira acelerar o jogo o tempo todo e o Boca tentará diminuir essa velocidade. Quem conseguir aplicar melhor essa ideia, levará vantagem”, completou o fanático torcedor.

 

Para a partida desta terça-feira (02), o Boca deve vir a campo em um 4-2-3-1, com Andrada; Buffarini, López, Izquierdoz, Más; Marcone, Nandez; Villa, Tevez, Reynoso; Benedetto. A partida começa às 21h30, mas a partir das 18h30 a Polícia Militar vai realizar bloqueios nos arredores da Arena da Baixada. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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