Projeto apresentado viabiliza segurança das mulheres dentro e fora dos estádios
Na última quarta-feira (3), aconteceu a Audiência Pública na Câmara Municipal de Curitiba a respeito de “Estádios mais seguros para as mulheres”, com a presença de figuras de autoridade e representantes das torcidas femininas dos clubes de Curitiba e região. Em seus discursos, os presentes trouxeram propostas e melhorias para a segurança da mulher não só dentro dos estádios, mas também fora.
A iniciativa para o debate veio da vereadora e procuradora da mulher na Câmara Municipal, Maria Leticia (PV), após a grande demanda das torcidas dos clubes curitibanos solicitando que as autoridades tomassem providências em relação a diversas ocorrências relativas a casos de importunação sexual dentro e fora dos estádios. Ela apresentou a “Lei Ordinária”, projeto ainda não definitivo, e uma campanha publicitária de conscientização chamada “Deixa ela torcer em paz”, para que, futuramente, possa ser realizado com os times por meio de: bandeiras, braçadeiras, faixas de apoio e copos.
Em entrevista exclusiva para o Portal Trétis, a vereadora comentou sobre o projeto: “Agora a ideia, além de analisar as contribuições recebidas e fazer as alterações necessárias no PL, é continuar fazendo as agendas de reuniões com as instituições envolvidas com a ação e realizar sim a campanha Deixa ela torcer em paz junto aos clubes”.
Além da campanha proposta, foi divulgado uma carta com demandas realizadas em reuniões com as torcidas, que são: 1) Criar e divulgar um canal de denúncia dentro dos estádios; 2) Capacitação constante para todos os envolvidos e 3) Ampliar o efetivo de policiais femininas. Propostas criadas por quem vivencia e passa por tais violências.
A torcida feminina athleticana foi representada por Daiane Luz, Atleticaníssimas, que abordou diversos problemas em que a mulher está sujeita a enfrentar indo, entrando, estando e/ou saindo do estádio. Ela também falou em nome das Gralhas da Vila e ofereceu sugestões para incluir dentro da proposta da vereadora, principalmente: treinamento dos Staffs, informação/ajuda adequada dentro do estádio e implementação de linhas próprias de transportes públicos para as mulheres.
Sobre a implementação de linhas próprias, Maria Leticia nos respondeu que: “Quanto ao transporte somente para mulheres é preciso verificar com a URBS se há viabilidade”
Para o projeto se tornar definitivo, em breve será convocado representantes dos clubes para tratar sobre o assunto e definir sobre a campanha em si. Uma nova data para a audiência ainda não foi informada e analises jurídicas em respeito a Lei Ordinária estão em processo.