Diretor da EY exalta Athletico como “o maior case do futebol brasileiro”

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Pedro Daniel analisa SAFs e diz o motivo do Furacão ser referência no Brasil

Pedro Daniel, diretor executivo da Ernst & Young, analisou que a transformação dos clubes brasileiros em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é um processo dividido em múltiplos ciclos. Ao longo dos últimos anos, a empresa prestou consultoria a diversas equipes nessa situação, e em entrevista à CNN Esportes S/A, Daniel explicou como é feita essa distinção com base na situação real de cada agência.

“Teve o primeiro ciclo, que era dos mais necessitados, com dívidas impagáveis, com Botafogo, Cruzeiro e Vasco como símbolos. No segundo, já tem clubes que se prepararam: América-MG, Athletico-PR e Coritiba. E times do topo da pirâmide vão refletir se isso vale a pena ou não; esse vai ser o terceiro ciclo”

Destacou, Pedro

Diretor ainda citou em uma de suas falas exemplos das equipes Guarani e Atlético, também como atuações proporcionais à situação de cada clube. Mas exaltou o Rubro-negro paranaense como “o maior case do futebol brasileiro”.

“É um projeto de 25 anos que tinha a quarta torcida do Paraná. Hoje, tem a melhor infraestrutura do Brasil, arena com teto retrátil, com uma tecnologia… Fizemos um planejamento estratégico de 10 anos e a Lei da SAF ajudou pra que isso perpetuasse. Nos últimos 10 anos, é o clube que mais arrecadou com venda de atletas. Jogou final de Libertadores ano passado…, mas será um clube top-3 no Brasil”.

Afirmou, dizendo ainda que o projeto é tão bom que “é difícil achar um parceiro adequado”.

Os executivos da Ernst & Young lembraram o enorme apelo dos clubes brasileiros na atração de investimentos. Ele enfatizou que o Manchester City é um modelo internacional e diagnosticou que está há 20 anos atrasado no mercado europeu. Mesmo assim, continua focado na implementação do SAF para acelerar o crescimento do clube.

“Eu não acredito que seja necessário ser uma SAF para ter uma boa governança… é possível ser associativo e ter uma governança. Mas é um processo que se acelera com a SAF. Tem um nível de exigência para abertura de capital, mas eu não vejo nada no curto prazo. Tem o ambiente regulatório. Na Europa, existem pouco mais de 20 clubes com capital aberto. Na bolsa americana, apenas o Manchester United”.

Finalizou Pedro Daniel

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