“Esta noite será lembrada por anos e anos”

“Esta noite será lembrada por anos e anos”

Assim definiu o técnico Tiago Nunes na entrevista coletiva após o Furacão bater o Boca Juniors por 3 a 0, na Baixada. O resultado contra o maior papa-títulos da América Latina por si só já é histórico, mas o Furacão registrou marcas importantes com o placar, além de assumir a liderança do grupo G da Copa Libertadores. A partida foi igualmente inesquecível para Marco Ruben, que levou a bola do jogo para casa após fazer o terceiro hat-trick de sua carreira.

Primeiro, o resultado carimbou a festa de aniversário de 114 anos do Club Atlético Boca Juniors, comemorada neste 3 de abril. O Boca não perdia por três gols de diferença na Copa CONMEBOL Libertadores desde 2007, quando foi derrotado pelo Cienciano (Peru). Esta diferença de placar foi apenas a quinta derrota na história da equipe argentina nesta competição. Para aumentar o peso, os xeneizes só perderam por 3 a 0 por duas vezes nos últimos três anos. Além da derrota de ontem, a última havia sido contra o Barcelona, pelo troféu Joan Gamper, em 2017. Lionel Messi marcou na partida. O Furacão também venceu um argentino pela primeira vez como mandante na história da competição.

A última derrota do Boca para times brasileiros como visitante havia sido na final da Libertadores 2012, contra o Corinthians. Os argentinos estavam invictos há oito jogos, com sete vitórias registradas no período. Nos últimos 15 jogos do Boca, eles tinham perdido apenas uma vez – para o Atlético Tucumán, em 20 de fevereiro.

Desde 2014 um jogador não fazia um hat-trick no Boca. O argentino Denis Stracqualursi, atualmente no Aldosivi, atuava pelo Tigre e teve a felicidade de balançar a rede dos xeneizes por três vezes no Argentino daquela temporada. Na Libertadores apenas um atleta havia conseguido este feito: José Castillo, jogando pelo Bolívar (Bolívia), em 2004. Com seus três gols, Marco Ruben também entrou na história atleticana a ser o primeiro jogador a marcar um hat-trick com nossa camisa em competições CONMEBOL. 

Este foi apenas o terceiro hat-trick de Ruben na carreira. Os outros dois foram jogando pelo Rosario Central. Em 2015, fez 3 contra o Olimpo pelo Argentino e em 2016 repetiu o feito contra o River Plate (Uruguai) na Libertadores. Para completar, o artilheiro fez um “hat-trick perfeito”, marcando gols com o pé direito, com o pé esquerdo e de cabeça. A última vez que um jogador atleticano havia feito três na mesma partida foi em 2014, quando Douglas Coutinho pediu música ao marcar seus tentos contra o Figueirense, pelo Brasileirão daquele ano.