Estádio Mário Celso Petraglia: Athletico promete museu à família de Joaquim Américo

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Iniciativa foi revelada em reunião entre o Conselho Deiberativo e a família de Joaquim Américo, que garante: "nada ainda, somente promessas"

O Conselho Deliberativo do Athletico aprovou, por unanimidade, a mudança institucional do nome de seu estádio, desde 1934 chamado de Joaquim Américo Guimarães, para Estádio Mário Celso Petraglia. Clube prometeu outras homenagens à família de Joaquim Américo e citou até a elaboração de um memorial da história do Athletico com participação ativa da família.

Quando perguntado sobre o tema pela Trétis, membro da família garantiu: “nada ainda, apenas promessas”. Em outra ocasião, descendentes de Joaquim Américo Guimarães consideraram propostas de outras homenagens “migalhas”, perto do nome da Arena da Baixada.

Antes da votação na noite desta segunda-feira (26), o presidente do Conselho Deliberativo, Aguinaldo Coelho de Farias, disse que aguarda que a família Guimarães aprove propostas. Em reunião particular com sete parentes de Joaquim Américo, presidente do Conselho sugeriu a ideia da criação de um memorial sobre a história do clube, inspirado no museu do River Plater-ARG.

Joaquim Américo Guimarães fundou o Internacional, que mais tarde veio a se tornar o Athletico, depois de fusão com o América. Guimarães ainda foi dono da iniciativa da abertura da Baixada do Água Verde, que se tornou Estádio Joaquim Américo Guimarães em 1934.

Museu do River Plate é inspiração para elaboração de memorial do Athletico. Foto: River Plate

Depois de 90 anos, Arena da Baixada muda de nome

Votação do Conselho Deliberativo alterou o Artigo 99 do estatuto do Athletico, que cita os patrimônios do clube:

Trecho do estatuto do Athletico, mudado em votação no Conselho Deliberativo. Foto: reprodução

Mudança diz respeito apenas ao nome institucional do estádio. No âmbito comercial e em comunicados oficiais o Athletico manterá a utilização da nomenclatura Ligga Arena, pois vendeu os naming rights no ano passado, por R$200 milhões em um contrato de 15 anos.

O Furacão se posicionou, em suas redes sociais, logo após a definição: “Mais do que uma homenagem, a decisão de hoje também reconhece e celebra o legado de Mario Celso Petraglia para o estádio, o Athletico, Curitiba e o Estado do Paraná.”

CEO do clube, Alexandre Leitão também falou sobre o tema nas redes sociais. Executivo considera homenagem justa e cita que o projeto do Athletico é o “mais revolucionário do futebol brasileiro”. Leitão ainda atesta: “O Brasil deveria conhecer a história do CAP, ficariam impressionados . E tudo isso tem a digital de MCP. (Mário Celso Petraglia)”

Como pôde saber a Trétis, mesmo que tenha aceitado homenagem, Mário Celso Petraglia disse a pessoas próximas que estaria “forçado” a receber homenagem. Presidente se posicionou contra iniciativas no passado, como na exposição de uma estátua, por exemplo.

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