Em partida sufocante e com gols de Nikão e Ruben, Athletico vence por 2x0 e se classifica nos pênaltis
Antes da bola sequer entrar em campo, a adrenalina explodia no coração dos atleticanos que foram ao estádio com esperança nos olhos e desespero no pensamento. Enquanto o Athletico vinha de crise, desfalques e a derrota por 2×0 no jogo de ida, o Grêmio estava em suas semanas de glória, ainda que com sua estrela Everton suspenso, tendo batido o Palmeiras na Libertadores e com a consciência de que um empate ou até mesmo uma derrota por 1×0 significava a classificação para a final da Copa do Brasil
Primeiro tempo
Os rubro-negros começam com pressão total pra cima dos gaúchos, mas logo o tricolor ganhou uma sequencia de escanteios e já aos 5 minutos a torcida passa mal: um possível pênalti para o Grêmio por conta de um toque no braço de Wellington. Depois de três minutos de consulta ao VAR, a torcida comemora a penalidade não marcada como um gol. Aos 10′, outra confusão na área do Grêmio. Lucas Halter cobrou de Pepê que ele teria se jogado na entrada da Grande Área e o clima esquentou, logo os paranaenses e gaúchos estavam de empurra-empurra na área.
Aos 17′ depois de uma sequencia de faltas tensas e com o espaço deixado pela saída do lateral direito do Grêmio, substituído pelo ex-Furacão Galhardo, Marcio Azevedo propicia uma arrancada veloz de Rony, que toca para Bruno Guimarães chutar com força no gol gremista, mas a bola bateu no travessão e voltou, sobrando para Nikão o rebote que balançou a rede pela primeira vez na partida ( CAP 1xo GRE). Com o gol, o Furacão ganhou confiança e manteve o domínio da bola. Mas a sequencia de faltas continuou e aos 30′ o time gaúcho teve a chance de empatar o jogo em uma cobrança de escanteio, se não fosse por Santos segurar a bola de uma cabeçada certeira.
Tiago Nunes, que estava com os ânimos exaltados desde o apito inicial, ficou cada vez mais nervoso com a demora do tricolor de fazer as cobranças, fazendo aquela famosa “cerinha”. Numa reclamação do técnico sobre a catimba da equipe, Galhardo, que tem um histórico conflitante com o ex-time, trocou farpas com Tiago, fazendo comentários provocativos de “fala muito”.
O final do primeiro seguiu com a equipe paranaense criando muitas jogadas bonitas no campo de ataque, com destaque de Bruno Guimarães, que depois de sequencia de jogos apagado, voltou a mostrar sua raça nas jogadas. Rony também despertava gritos de entusiasmo da torcida com a sua velocidade características e bonitos dribles. Já os gremistas, como de se esperar, a cada minuto, até o apito final da primeira parte, caíam cada vez mais, e demoravam ainda mais tempo para levantar. Aos 51′ o árbitro sinaliza a chegada do intervalo com o placar de 1×0 para o Furacão, que ainda era vantajoso ao Grêmio.
PLACAR FINAL: CAP 1×0 GRE
Segundo tempo
As equipes voltaram dos vestiários sem alterações. Aos dois minutos, em uma cobrrança de falta em M.Ruben, Cittadini tem a chance e meter a bola no gol, mas chuta por cima. Mas foi um minuto depois que o artilheiro argentino, Ruben, depois de 12 jogos em jejum, recebe um toque matador de Rony e cabeceia a bola sem chance para Paulo Vítor defender, se redimindo com a torcida (placar CAP 2×0 GRE)Com este gol, a decisao do finalista estava sendo empurrada para os pênaltis. Mas ain. da restavam, no mínimo 42′ de partida e o Furacao adotou uma postura cada vez mais agressiva em busca do terceiro gol.
Já o Grêmio, que voltou ao campo com a mesma lentidão do primeiro tempo, agora precisava se despertar para voltar a ter vantagem. Mas ao invés de correr atras do resultado, o time partiu para a agressividade. Em um rápido contrataque com a arrancada de Léo Cittadini, Kannemann chegou com o carrinho violento no volante atleticano e, indiscutivelmente, recebeu cartão vermelho. Mas a cobrança da falta em questão foi desperdiçada, como de costume, com a falta de habilidade do time com as bolas paradas.
Mas aos 20′ o coração do torcedor quase parou, a rede do atleticano foi balançada com uma cabeçada gremista. Para o alívio de todos, o lance estava impedido e o gol foi anulado. Mas o Athletico seguiu firme no campo de ataque, e aos 28′ com o intuito de ganhar velocidade, Vitinho entra em campo no lugar de Rony, que, com dores, sai aplaudido e aos louvores da torcida. Wellington, que carregava a faixa de capitão, também foi substituído por Marcelo Cirino.
A partir dos 30 minutos, o tricolor se manteve com todos os jogadores no campo de defesa, com um jogador a menos e raras entradas no campo de ataque. O cenário era propício para o Furacão, mas estava difícil de chegar à finalização. Mas em uma das únicas saídas para o campo de ataque, o Grêmio chega muito perto de diminuir o placar, rolando um pinga-pinga na área em que quase saiu um gol contra, mas Santos segurou a bola.
A defesa, porém, não deu chance para os times respirarem, a tensão estava em campo junto com os jogadores: quem marcasse o gol estaria classificado. Lucho entrou em campo, trazendo sua tranquilidade e experiencia, além de ser uma opção para as, cada vez mais prováveis, cobranças de pênaltis. Bruno Guimarães levou cartão amarelo por um carrinho, bem como Tiago Nunes, advertido por reclamar demais. O Rubro-negro cada vez mais acelerado e o tricolor cada vez mais carrasco nas marcações não foram capazes de definir o finalista no tempo regular. Aos 50′, o árbitro apitou e jogadores e torcida prepararam juntos os coraçoes para, mais uma vez, levar a decisão aos pênaltis.
PLACAR FINAL: CAP 2×0 GRE
PÊNALTIS
Bruno Guimarães assumiu a terrível responsabilidade de ser o primeiro a bater e com toda sua glória balançou as redes (1×0). Depois foi a vez de Galhardo estrear as penalidades do Grêmio, e deixou tudo igual (1×1). Lucho veio então e bateu alto e muito bem, somando mais um para o Furacão (2×1). David Braz, então, mais uma vez deixou tudo igual (2×2). Bateu então Nikão, autor do primeiro gol, que bate no cantinho e marca (3×2). Alisson, na terceira batida para o tricolor, marca também o terceiro gol (3×3). O quarto a bater, Cirino, meteu uma bomba no alto do gol (4×3). Mas não estava fácil e o jovem Matheus Henrique, também marcou (4×4). O camisa 9, autor do segundo gol, marcou o quinto gol na quinta cobrança do Athletico (5×4). Foi quando Pepe, último a bater para o Grêmio, deu à Santos a glória de classificar o Furacão (5×4)
PLACAR FINAL PENALIDADES MÁXIMAS: CAP 5×4 GRE