Só há sabor na glória após a resiliência nos maus momentos. Quarta é dia de viver o Athletico acima de qualquer coisa.
O futebol é, de longe, o maior esporte da terra. Ele tanto pode fazer 4 mil pessoas chorarem de alegria por um bicampeonato continental em outro país, como pode dias depois, tirar o chão de 2 milhões de torcedores com uma derrota acachapante num jogo de ida de uma outra final. E o mais louco é que se a derrota acachapante tivesse acontecido há 1 mês atrás e a taça continental viesse nessa semana o sentimento do fechamento de ano seria absurdamente feliz.
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É aí que chamo a atenção para a reflexão e balanço do ano. Apesar de o Athletico novamente fazer uma temporada com elenco curto e com algumas invenções no comando técnico o saldo do ano é absurdamente positivo na matriz investimento x resultado. Poderia ser melhor? Sim, claro. É proibido achar que temos como fazer ainda melhor do que já é feito? Com certeza não. Fato é que por um capricho de calendário estamos, possivelmente, fechando com gosto amargo um ano que foi muito bom.
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E esse elenco cheio de campeões? E os caras que deixaram os cariocas queridinhos do eixo sem chão? E o nosso Athletico Paranaense? O Athletico é família. Como assim, Henrique? Somos Athleticanos na boa, na média, na ruim, na péssima. O torcedor precisa viver as baixas para dar valor as glórias. É como você faz com a sua família. Se seus filhos, seus irmãos ou seus pais estão com problemas ou dificuldades por qualquer motivo você imediatamente reforça o apoio e o cuidado. Você fica próximo, tenta jogar a pessoa para cima e quando tudo está bem você abraça ela e compartilha da felicidade. Viver e superar os maus momentos faz tudo valer a pena.
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Quarta o Athletico precisa fazer o maior jogo de sua história para ser campeão sem Thiago Heleno e possivelmente sem Nikão. É tipo escalar o Everest sem equipamento de segurança. O CAP não tem vantagem, não tem algumas peças importantes, não tem arbitragem a favor e muito menos a boa vontade política. Mas sabe quem o Athletico sempre tem e sempre vai ter? A família. Eu, você, seus amigos, seus colegas de cadeira e toda a família Athleticana. Nós vamos estar lá. Nós precisamos estar lá para passar por esse momento difícil com a nossa gente. É dia de reencontrar amigos no pré jogo, de viver aquela “última do ano”, de agradecer por termos vida quase normal de novo, de festejar o Athletico. Há alguns dias atrás nossa torcida fazia festa aqui e no Uruguai. A derrota de um elenco curto, porém valoroso e vitorioso, não vai apagar nada que foi conquistado por esses caras. A Baixada tem que pulsar, cantar, explodir. Precisamos ser realistas que muito provavelmente o resultado não virá, mas desde quando cantamos e amamos o Athletico só quando ganha? Só a gente sabe por tudo que já passamos, dos perrengues, das renuncias e das más fases infinitas. Só nós sabemos porque não ficamos em casa.
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Quarta é dia de Athletico. Quarta é dia de estar com a sua família. Quarta é dia de dar vida a Arena da Baixada. É a tua família precisando de você. MUITO em breve estaremos comemorando conquistas grandiosas e a festa de quarta feira será lembrada e fará muito sentido.
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Não perca a oportunidade de viver o Athletico.