O Atlético é um estado de espírito! Se ele vai bem, todos nós vamos bem. Se vai mal, sai da frente!
Provavelmente, vocês já ouviram essa frase por aí. Ela foi dita por Sônia Nassar, pioneira no jornalismo esportivo paranaense por ter sido a primeira mulher a cobrir futebol dentro de campo ainda nos anos 70, época em que estádio era um espaço masculino. Além de grande jornalista, Sônia era atleticana de carteirinha. Nunca escondeu o time, sempre foi respeitada… mesmo pelos rivais.
Pois bem. Sônia também é minha tia, irmã da minha mãe, e uma das responsáveis por eu ter iniciado minha carreira no jornalismo cobrindo… futebol. Sempre fomos próximas, porque minha tia não teve filhos. Lembro de assistir a muitos jogos ao lado dela na Baixada. Lembro das inúmeras vezes que entrei em campo de mãos dadas com os jogadores quando era pequena. Até na finalíssima do Campeonato Brasileiro de 2001. Fiquei muito nervosa de ver o estádio lotado e aquela festa maravilhosa. Tinha 12 anos.
Por inúmeros motivos, por circunstâncias da vida, acabei abandonado o jornalismo esportivo e hoje voltei a ver o futebol como paixão, não mais profissão. Não moro mais em Curitiba há um ano e quatro meses. Já estive em Brasília, hoje moro em São Paulo. Decidi que não havia mais motivo para esconder meu time do coração (o que os jornalistas esportivos acabam fazendo para fugir da ira de torcedores rivais). Resolvi abrir o jogo mesmo: sou atleticana! Ufa, que bom tirar esse peso das costas e poder falar abertamente sobre essa paixão que faz parte da minha família há muitas gerações.
Bom, quem conheceu um pouquinho do trabalho da minha tia já consegue imaginar o tamanho do fanatismo da nossa família. Vivemos intensamente essa paixão que é o Clube Atlético Paranaense. Aqui será mais um espaço para falarmos do nosso amado Rubro-Negro. Estaremos juntos. Conto com apoio de todos.