As complexidades de uma temporada diversificada acabam ligando o sinal de alerta até para as gestões mais sábias e preparadas.
Encontrei uma palavra um pouco abrangente para caracterizar o momento do Athletico e suas nuances, mas que pode ela designar um fato preponderante no entendimento do que podemos ao certo: a COMPREENSIBILIDADE (Característica ou particularidade do que é compreensível; qualidade do que se pode compreender) – é o combustível que falta diante das dificuldades.
Começamos 2019 com as mais altas expectativas diante de um Athletico robusto e que pretendia cravar de vez o seu nome no tão sonhado protagonismo. Pretendia como cravou ao fazer uma fase de grupos na Libertadores destacadíssima, goleando a maior força do futebol do continente e só não vencendo fora de casa por forças ocultas. Ficou entre os 16 melhores times, vencendo também o River Plate no primeiro jogo da Recopa Sul-Americana e alcançando o ápice da notoriedade em solo argentino. De “La Boca” a “Núñez/Belgrano”, só se ouviu falar do El Paranaense.
Poderia falar também do bicampeonato estadual com os aspirantes, da classificação para as quartas de final na Copa do Brasil, da certeira contratação do argentino Marco Ruben … Mas a dificuldade veio compenetrar em situações como a do baque do doping de jogadores, a não reposição de titulares, o planejamento mal elaborado para o campeonato brasileiro e o recorrente afastamento de torcedores no estádio. Nem tudo foi mil maravilhas e sabemos que as questões negativas acabam prevalecendo sobre as demais. O momento não é mais o mesmo e as complexidades de uma temporada diversificada acabam ligando o sinal de alerta até para as gestões mais sábias e preparadas: O que fazer para recuperar a confiança de outrora? Como, de forma equilibrada, potencializar as virtudes em um cenário em modificação? Qual o “fato novo” a ser empregado depois da parada? Como retomar os objetivos diante das adversidades?
Justamente, a compreensibilidade ajudaria a encontrar respostas aos questionamentos e turbinar o que, na prática, já poderia ser aplicado:
1) A confiança pode ser recuperada através de resultados também conquistados fora de casa, com uma maior atenção ao adversário, quebra do conformismo materializado e a utilização de novas táticas eficazes e bem programadas. Tentar repetir a dedicação e repertório dos jogos realizados na Arena da Baixada;
2) De forma equilibrada, a compreensibilidade guiaria ao caminho dos ajustes e reposições apropriadas nas mais importantes necessidades. Se perdemos titulares incontestáveis, através do faturamento e de uma boa análise, podemos de forma clara encontrar peças reajustáveis, ampliar o leque de opções atentando ao negócio inteligente de mercado (Erick, Léo Cittadini, Marco Ruben … Todos contratados a custo não muito alto e que apresentaram resultado);
3) Quer melhor “fato novo” que atrair o torcedor comum ao estádio? Baratear o preço do ingresso, preencher os tantos espaços não ocupados com estratégias que valorizem os diferentes credos. Impulsionar o apoio, resolver as rusgas com a organizada e acabar de vez com o projeto de torcida humana. Satisfazer a todos.
4) Para fechar, a compreensibilidade ajudaria a retomar os objetivos entendendo a diversidade como motivacional para mudança. Mobilizar os pontos de apoio, aproveitando o que fizemos de positivo e buscando também o novo
Basta pensar na COMPREENSIBILIDADE!