Ídolo dedicou mais de 50 anos ao clube: um amor correspondido e eterno
É com muito pesar que a torcida atleticana recebe a notícia da morte do eterno Bocão nesta quarta-feira (3). Nilson Borges já vinha enfrentando problemas de saúde, com dificuldades para mexer as pernas e os braços e sem um diagnóstico certo dos médicos.
O ídolo atleticano estava há meses se locomovendo em uma cadeira de rodas com a ajuda de sua esposa, Aparecida. Funcionário do clube, Nilson foi afastado das atividades devido à pandemia de COVID-19, mas vinha tendo toda a assistência do Furacão em seu tratamento.
Nilson Borges chegou ao Athletico em 1968, trazido por Jofre Cabral. Foi um ponta-esquerdo incrível, com muita habilidade no drible e espírito de equipe para dar muitas assistências. Jogou na mesma época de Pepe e Zagallo, ganhando elogios de ambos, e passou por Portuguesa, Corinthians, jogando ainda em Portugal e na Bélgica. No Furacão estava em casa. Defendeu as cores rubro-negras até 1974, sendo campeão paranaense em 1970.
Infelizmente, junto com o brilhantismo, haviam as contusões no joelho. Em 1974, em um lance maldoso de Denilson, sofreu uma contusão gravíssima no local. A lesão foi decisiva para afastar o Bocão, apelido que ganhou, do campo, mas não do futebol. Ao pendurar as chuteiras, seu Nilson continuou no Athletico, trabalhando como técnico do infantil, juvenil, júnior, aspirante e até do profissional. Era auxiliar técnico e membro da comissão.
Em 2019, o clube fez vários vídeos de jogos memoráveis e, em um deles, Nilson relembrou o clássico Atletiba de 1971, que teve o placar de 4×3. Confira:
Foram mais de 50 anos dedicados ao amor a essa camisa, um amor correspondido pelo clube e pela torcida que, agora, se torna eterno.
Obrigado por tudo, seu Nilson!
Veja as homenagens prestadas pelo clube e jogadores: