Divididos em várias posições, atletas têm altas expectativas, necessidade na posição e protagonismo como alguns dos motivos para corresponder no ano
O elenco do Athletico tem poucas caras novas e muita expectativa para 2023. Com o final do Campeonato Paranaense, a temporada entra numa sequência de Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores já nessa quarta-feira (12), contra o CRB, em Maceió, e 16 jogadores – divididos em 13 posições – tem muito a provar no ano, seja à comissão técnica ou à torcida atleticana.
+FESTA: ATHLETICO COMEMORA TÍTULO PARANAENSE INVICTO; CONFIRA IMAGENS EXCLUSIVAS
13. Kaíque Rocha
Não chega para resolver o problema da bola aérea, mas chega com essa potencialidade. Alto, bom por cima e jovem, tem cenário interessante para evolução ao longo do ano, contanto que aprimore a parte física. Precisa se provar. Confira análise completa sobre o jogador, no Twitter:
12. Erick
Passa por uma transição de nível técnico no clube. Chega em 2019 como peça a ser lapidada, passa 2020 com mais responsabilidades e em 2021 e 2022 foi essencial – titular do time campeão da Sulamericana e finalista da Libertadores. 2023 pode significar uma mudança de patamar, evoluiu muito ao lado de Fernandinho e tem tudo para dar um próximo passo, tem potencialidade para ser protagonista desse time.
Não só pela fortíssima atuação defensiva e na construção das jogadas – foi melhor do time em desarmes (1,8 p/j) e passes certos (85%) na temporada passada – mas pela atuação como elemento surpresa no ataque. É o primeiro não atacante – 6° geral – a aparecer na lista de gols esperados em 22, com 2.83, e teve três gols. Bate bem de fora da área, cabeceia muito bem e sabe se posicionar. Tem início de ano sensacional.
11. Arriagada e Rômulo
Com 21 e 20 anos, atacantes têm dever de mostrar potencial de crescimento. Chileno teve belo cartão de visitas com golaço de letra contra o Azuriz, mas tem que aproveitar chances para mostrar a Paulo Turra que tem, ou pelo menos terá, qualidade para jogar.
Rômulo tem situação parecida, mas já se provou em 2022. Gols importantes e polivalência melhoram sua situação, mas entra em baixa no ano pelas lesões. É peça interessante para as duas pontas e pode ser opção como um centro avante mais móvel, numa possível saída de Vitor Roque. Mesmo com a concorrência forte na posição, chileno e brasileiro tem que mostrar que estão ali.
10. Alex Santana
Primeira temporada completa pelo Athletico promete. Teve belos jogos em 22, mas começa 23 com um pé no freio. Entrega regularidade e tem o potencial técnico para ser decisivo – teve 89% e 88% de precisão em passes e dribles em 22 – mas a reserva é uma das provas de que ainda não atingiu seu melhor nível com as cores rubro negras. Tem que mostrar, mais para Paulo Turra do que para a torcida, que tem nível para ocupar meio campo.
9. Christian
Em sua quarta temporada como profissional, tem que justificar potencial, dar um passo à frente nesse ano. Tem qualidade, mas regularidade é comprometida pelas lesões e, se não subir o nível agora, é difícil de prever se um dia subirá. Soma ao elenco e teve momentos bem decisivos, mas não mostra o suficiente. Tem que dar um salto.
Entrou contra Maringá e Cascavel como meia pela direita e o caminho deve ser atuar no último terço. Teve seu melhor momento pelo Athletico nessa função contra a LDU em 2021 e mudança potencializa suas melhores características no jogo de aproximação, drible curto e finalização de média distância.
8. Pedro Henrique
Depois de erro crasso na final da libertadores, começa 23 em baixa e tem que provar, de novo, sua qualidade ao clube e – principalmente – à torcida. Teve anos bons pelo Athletico mas com falhas pontuais que custaram jogos muito importantes – e não foi só contra o Flamengo, dá pra pensar naquele jogo contra a LDU no Equador também, entregou 0 a 0 muito brigado.
7. Léo Cittadini
Descartado por muita gente, tem 29 anos, está no ápice físico, na teoria, e é muito elogiado por Turra e por Felipão. Começa 2023 com jogos muito bons e com a regularidade que não se via nele desde 2021. Precisa provar que ainda tem nível para somar no elenco do Athletico e tem conseguido até esse momento, baseado na polivalência – jogou como volante, lateral esquerdo e meia aberto pela esquerda na temporada.
6. Pablo
Com início de ano histórico, tem que manter, provar que não foi artilheiro só no Campeonato Paranaense. Terá oportunidades pelas convocações de Vitor Roque à seleção e entra em grande fase, com um time que cria muita chance. Precisa sair do estigma de goleador de times pequenos.
Ganhou essa fama em passagem pelo São Paulo e 2022 mostrou diferença, com um dos gols do ano contra o Palmeiras no Alianz. Não precisa ser o Pablo de 2018, mas tem que manter essa regularidade do início do ano – provaria ser peça muito importante.
5. Marcelo Cirino
Depois de tantas lesões, ainda pode contribuir no elenco? Teve queda de rendimento em 22 quando se recuperou da primeira lesão de LCA e rompeu o ligamento, de novo, no final do ano. Chegou a ser importante em momentos, mas duas lesões nesse grau afetam o rendimento de qualquer um.
4. Zé Ivaldo
Teve 2021 decisivo, subiu o nível mas perdeu a vaga naquele trio de Valentim para Nico Hernandez. Em 2022 foi ótimo no empréstimo ao time muito bom do Cruzeiro e 2023 chega para estabelecer mais alto nível. Precisa, muito, justificar os elogios e manter titularidade na vaga de Pedro Henrique, tão em baixa.
Situação, em menor intensidade, parecida com a de Erick. Tem capacidade pra dar um salto e mostrou estar muito acima do nível da série B ano passado. Foi destaque em passes certos p/j (43,2) e bolas longas p/j (5,9) no campeonato, o que justifica qualidade na construção, melhor característica. Tem feito ótima dupla com Thiago Heleno em 23. Tem que provar que tem o nível que o Athletico exige.
3. Willian Bigode
Com 36 anos, tem que mostrar que ainda tem lenha pra queimar. Vem de 22 regular e até interessante pelo Fluminense, mesmo que saindo do banco na maior parte dos jogos, e tem que ser referência nesse elenco do Athletico. Contratação foi muito questionada e terá espaço em elenco com calendário recheado. Chance de ouro para terminar a carreira com importância grande num time de alto nível.
2. Pedrinho e Fernando
Opções pro setor mais frágil do elenco atleticano, têm que provar que são jogadores para o nível que o Athletico ocupa. Pedrinho, pelas altas expectativas na chegada, tem decepcionado e tem que provar, primeiro, que pode jogar na lateral – não é ponta – e segundo, que consegue ser regular. Mostra flashes de potencial, mas ainda é pouco e instabilidade pode custar resultados.
Regularidade que é vista em Fernando, mas falta aquele algo a mais. Tem conseguido fazer o simples mas número de perdas de posse (19,2 em 2022) preocupa – pode não mostrar tanta solidez defensiva, por mais que não tenha tido erros claros. Altos potenciais mas entrega, ao menos nesse início de ano, baixa – precisam provar que clube não precisa ir ao mercado na posição.
1. Canobbio e Cuello
Jogadores tem que provar que 2022 foi ano de adaptação. Segunda e terceira maiores contratações da história do clube, tiveram ano de estreia incerto e irregular, mesmo que com sinais de qualidade. Canobbio tem o caso mais extremo e ainda está longe de justificar valor, e expectativas investidas nele. Tem mais participações em dois meses de temporada do que em todo 22, mas tem que provar contra times melhores e principalmente na Libertadores.
Cuello, mesmo que com 2022 melhor que o do companheiro, sofreu com a concorrência de Vitinho. Começa 2023 com titularidade na ponta esquerda e terá espaço para desenvolver um protagonismo, dar um salto de qualidade. Pra esses dois o 2023 é de mais expectativa ainda do que o 2022.