Paulo Turra justifica escolha dos titulares: ‘não jogo moeda para cima’

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Treinador disse que utilização de formação mais ofensiva foi planejada e que pressão "não tem problema nenhum"

Paulo Turra, técnico do Athletico, mostrou determinação depois da virada de seu time contra o Libertad, no Paraguai e disse que pressão “dá ainda mais vontade, gana”. Treinador ainda comentou importância do resultado, diferenças nas atuações de primeiro e segundo tempo e justificou a escalação que levou a campo “não jogo uma moeda para decidir”.

Meu sentimento é de gratidão por ser treinador desse grupo de atletas. Estou aprendendo muito no dia a dia. A pressão em mim é desde o dia 16 de dezembro, tenho que ganhar, dirijo um grande clube, que entra para ganhar em todas as competições. Essa pressão só me fortalece, não tem problema nenhum, me dá ainda mais gana, ainda mais vontade

Paulo Turra comentou pressão em seu trabalho em entrevista coletiva

Turra, que repetiu por quatro vezes esse sentimento de felicidade e gratidão durante a coletiva, comentou a partida da noite desta quinta-feira (4) e colocou muita importância, não só pelo resultado, mas pela qualidade que tem o time do Libertad-PAR:

-Fomos buscar o resultado contra uma equipe tradicionalíssima nessa Libertadores, que está com seu treinador há quatro anos. Mérito dos jogadores, jogamos com raça, determinação, dentro de um modelo no primeiro tempo e de outro no segundo. Isso prova que o Athletico, independente do modelo, tem jogadores de qualidade.”

Diferentes modelos comentados por Paulo Turra levaram a atuações, também, distintas. O Athletico saiu derrotado e cedeu – além do gol – duas chances claras para o Libertad, em primeiro tempo com escalação mais ofensiva. No segundo, depois das entradas de Rômulo e Thiago Andrade, time virou o jogo e poderia ter feito mais gols, como na chance perdida por Rômulo, cara a cara.

Quando perguntado sobre a escolha dos titulares, Turra justificou com base nas atuações dos últimos jogos:

-Coerência. Eu não jogo uma moeda para cima para decidir quem vou colocar em campo. Essa equipe que entrou em campo tem muita qualidade. No segundo tempo contra o Fluminense, contra o CRB a partir dos 30 [minutos] e contra o Atlético-MG essa equipe foi muito bem. Dentro do que nós planejamos nessa primeira equipe tivemos posse, viradas de jogo, chegamos no fundo, finalizações – tivemos bom volume. Mas tomamos gol no início do jogo. Tivemos dificuldade, mas eles foram bem.”

Mesmo assim, treinador comentou sequência ruim de resultados nas primeiras etapas. Contra Libertad, Atlético-MG, Fluminense e CRB – num período de duas semanas – o Athletico saiu atrás no placar e foi ao intervalo com resultado ruim em campo. Time só conseguiu viradas em Copa do Brasil e Libertadores:

-Isso faz parte do futebol, de qualquer jogo. Como já fomos para o intervalo vencendo o jogo, nos últimos jogos temos jogado melhor no segundo tempo, virando placares. Vamos ter equilíbrio, não vamos ganhar nem perder em primeiro ou último minuto. Conseguir recuperar no segundo tempo mostra equilíbrio, temos um grupo experiente, que a cada jogo de libertadores vai ganhando casca.

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