Furacão vai em busca do bicampeonato continental em Montevidéu
O Athletico está mais uma vez na final da Copa Sul-Americana e enfrenta o Red Bull Bragantino neste sábado (20), às 17h, no histórico Estádio Centenário, querendo repetir o sucesso de 2018. Dos 11 titulares do jogo de volta da final contra o Junior Barranquilla, apenas Nikão, Santos e Thiago Heleno seguem na equipe, mas a campanha deste ano não é muito diferente da que consagrou o clube campeão. Relembre os confrontos:
A fase de grupos da Sul-Americana para o Athletico ficou marcada pelo “um a zerismo” de Paulo Autuori, o Furacão venceu quatro dos seis jogos pela vantagem mínima, foi derrotado apenas para o Melgar do Peru, também por 1 a 0, e fechou a fase de grupos com um show na Arena Baixada, 4 a 0 em cima do Aucas. Estes resultados garantiram a classificação do rubro-negro para as oitavas de final tendo a segunda melhor campanha da fase grupos com 15 pontos, atrás apenas do Grêmio de Tiago Nunes, que somou 16 pontos.
O sorteio das oitavas de final trouxe um adversário conhecido em confrontos de competições continentais: o América de Cali. O clube colombiano já nos encontrou nas fases de grupo das Libertadores de 2002 e 2005, com direito até a um 5 a 0 para o América em 2002. Porém, em 2021, a história foi outra. Já com António Oliveria no comando da equipe, vitória atleticana nos dois jogos: 1 a 0 em Cali com pênalti convertido por Nikão, e goleada na volta em Curitiba por 4 a 1, com gols de Nikão, Canesin e dois de Vitinho. Classificados para as quartas com um sonoro 5 a 1 no agregado, e o adversário da vez era a LDU, que eliminara o então super Grêmio de Tiago Nunes.
Contra a LDU o Athletico protagonizou uma das maiores viradas da história da competição, depois do 1 a 0 dos equatorianos em Quito, com gol marcado nos momentos finais, o Furacão tinha que vencer por dois gols de diferença para se classificar. Logo no início da partida na Arena da Baixada, a LDU abriu o placar e forçava então o Athletico a marcar três gols. Christian honrou a camisa 39 e iniciou a reação rubro-negra virando a partida com direito a dois golaços, o primeiro com um belo chute no ângulo, e o segundo com uma linda cavadinha para tirar do goleiro depois de ganhar da defesa. Mas quando tudo parecia se acertar para a classificação do Athletico, a LDU empatou o jogo às vésperas do intervalo, colocando o Furacão novamente na estaca zero. Para a alegria da torcida atleticana, Guilherme Bissoli voltou do vestiário inspirado, o atacante marcou o terceiro gol aproveitando o rebote do cabeceio de Terans, e logo depois chamou a responsabilidade para marcar o quarto de pênalti e colocar o Athletico nas semifinais.
O confronto de semifinal trouxe boas recordações, o Peñarol fez parte também da campanha campeã de 2018, mas desta vez o time uruguaio estava em um momento muito melhor do que quando foi atropelado na segunda fase da Sulamericana três anos atrás. Mas mesmo com a boa fase, a freguesia do Peñarol se mostrou mais uma vez, no estádio Campeón del Siglo o Athletico venceu por 2 a 1, com dois golaços de El Rey Terans de bicicleta, e com uma bomba de Pedro Rocha. Em Curitiba o Furacão foi superior mais uma vez e venceu por 2 a 0 com gols de Nikão e mais uma vez de Pedro Rocha, se classificando para a final com autoridade e 4 a 1 no agregado.
O Athletico chega a final com 21 gols marcados, apenas seis gols sofridos, cinco a menos que o Bragantino. Terans e Vitinho são os artilheiros do Furacão empatados com quatro gols cada.