Único campeão chileno da Libertadores, Colo-Colo é o próximo adversário do Athletico na competição
O Portal Trétis está trazendo materiais especiais sobre os nossos adversários na fase de grupos da Copa Libertadores da América 2020. Você já conferiu o do Peñarol e agora é a vez do Colo-Colo, que enfrenta o Furacão na quarta-feira (11) e é uma das equipes mais tradicionais do futebol sul-americano. É a primeira vez na história que os clubes se enfrentam.
História
Sediado em Santiago, capital do Chile, o Club Social y Deportivo Colo-Colo foi fundado no dia 19 de abril de 1925. Seu nome remete ao cacique Colocolo, indígena da tribo Mapuche, considerado herói na luta contra os espanhóis durante o século XVI. A figura do índio no escudo do clube também é uma referência aos Mapuche. O apelido do Colo-Colo é Cacique.
O Colo-Colo é o maior vencedor do Campeonato Chileno, com 32 títulos. Também é o maior campeão da Copa Chile (12 taças), o chileno com mais participações na Libertadores (33 participações, sendo o sétimo clube que mais disputou a competição em toda a América do Sul ), e também o único clube do Chile campeão do Torneio Continental.
Seu primeiro ídolo foi David Arellano, fundador e capitão do clube. Em 1927, em uma excursão à Europa, Colo-Colo enfrentou o Real Valladolid, da Espanha. Na partida, Arellano sofreu um choque contra um adversário, que resultou em uma peritonite que causou a morte do jogador. Desde então, o clube leva acima do escudo uma faixa preta, representando o eterno luto pelo seu ídolo.
Apesar do luto, nesta temporada na Europa o Colo-Colo conseguiu grandes resultados, fundamentais para o clube ter logo se tornado o mais popular do país. O estádio do Colo-Colo é o Monumental David Arellano, em homenagem ao seu fundador e eterno ídolo. Sua capacidade é de 47.017 espectadores.
Libertadores e a “era Jozic”
Como já falado, o Colo-Colo é o único chileno a ter conquistado a taça mais cobiçada da América, em 1991. Antes do título, suas melhores campanhas haviam sido em 1964 e 1967, quando chegou às semifinais; e em 1973, quando chegou à final mas acabou perdendo para o Independiente.
Na campanha do título, o Colo-Colo passou por gigantes sul-americanos, como o Nacional (URU) e o Boca Juniors (ARG). Na grande final, contra o Olimpia, empatou em 0 a 0 no primeiro jogo, no Paraguai. No segundo jogo, disputado no Monumental David Arellano, o Colo-Colo fez a festa de mais de 66 mil pessoas, derrotando o adversário por 3 a 0 e se sagrando o grande campeão da América.
O grande título do Colo-Colo ficou marcado não só por ser a primeira Libertadores do clube, mas também muito pelo seu técnico, o croata Mirko Jozic, que até ano passado era o único técnico europeu a conquistar uma Libertadores.
Além da Libertadores, a “era Jozic” deu ao Colo-Colo os títulos dos campeonatos chilenos de 1990, 1991 e 1993; a Recopa Sulamericana em 1992 (disputada contra o Cruzeiro, o campeão da Supercopa Libertadores de 1991) e a Copa Interamericana, contra o Puebla, do México, também em 1992.
Colo-Colo em 2020
O Colo-Colo começou o ano com o título da Copa do Chile de 2019 sobre o Universidad do Chile, vencendo por 2×1. Porém, no momento passa por uma situação difícil: de 5 jogos do campeonato chileno, perdeu 4 e demitiu o técnico Mario Salas. Agora, com o técnico Gualberto Jara de interino, o time empatou com a Universidad Concepción e venceu o La Serena. Recentemente, o clube levou um não de Felipão, procurado para assumir o time; e o ex-técnico do Atlético Mineiro, Rafael Dudamel, está na mira dos chilenos. O Colo-Colo está em 12º no campeonato local.
Seus principais destaques em campo são o volante Carlos Carmona, o meia Leonardo Valencia, ex-Botafogo, e o atacante Nicolás Blandi, ex-San Lorenzo e que enfrentou o Furacão na Libertadores 2017 quando atuava no clube argentino.
Na Libertadores, o clube estreou com derrota de 2×0 para o Jorge Wilsternann, na altitude boliviana. Athletico e Colo-Colo fazem seu primeiro confronto no Chile, no dia 11 de março, 19h15; e o segundo dia 8 de abril, também 19h15, na Arena da Baixada.