Thiago Heleno comenta montagem do elenco: ‘corria o risco de não chegar’

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O CEO de futebol e negócios do Athletico, Alexandre Mattos, disse que entende a ansiedade do torcedor, mas que "há um processo a ser seguido"

Em declaração, o zagueiro e um dos capitães do Athletico, Thiago Heleno, avaliou que com o elenco montado, clube “corria o risco de não chegar” longe nas competições. O CEO de futebol e negócios internacionais do Furacão, Alexandre Mattos, reforça que processo precisa ser organizado, e que o clube não pode “gastar a torto e a direito”.

Segundo Thiago Heleno, o Athletico tem elenco para brigar em todas as competições, mas reconhece: “a gente corria o risco de não chegar. Tem jogador que chegou sem condições de jogar, teve que se adaptar fisica e tecnicamente para se juntar ao grupo. Para ganhar a Libertadores o jogador tem que poder jogar já na semana que chega.”

Em mais de uma oportunidade na temporada, reforços do Furacão precisaram de tempo de adaptação. Bruno Zapelli, segunda maior contratação da história do clube, ainda precisa de trabalhos para se adequar à intensidade do futebol brasileiro, segundo o treinador Wesley Carvalho, e o lateral-direito Bruno Peres foi anunciado pelo clube em meio a período de mais quatro meses sem entrar em campo, por exemplo.

Alexandre Mattos, responsável pelas negociações do Athletico, pediu paciência ao torcedor: “O torcedor quer ganhar, quer título a qualquer preço, mas para ganhar de maneira organizada há um processo a ser seguido. Entendo a ansiedade.”

Alexandre Mattos comenta montagem do elenco do Athletico. Foto: Athletico

Diretor continua, e chama a atenção para possível efeito que um gasto excessivo do clube poderia acarretar: “Se o Athletico perder sua organização por causa de emoção, de sair contratando a torto e a direito, pagando altos salários, o clube vai cair numa vala comum, não queremos isso.”

O Athletico contratou 11 reforços na temporada 2023 – Arriagada, Kaíque Rocha, Madson, Thiago Andrade, Willian, Vidal, Cacá, Esquivel, Zapelli e Bruno Peres. Entre os contratados, média de idade é de 26,7 anos, apenas Vidal, Willian, Madson e Bruno Peres tem mais de 30 anos.

A tendência tem sido da aposta em jogadores jovens, e time que entrou em campo contra o Bolívar pela partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores – jogo considerado mais importante do ano – tinha média de idade de 27,7 anos. Bento, Khellven, Esquivel, Erick, Canobbio e Vitor Roque tem 25 anos ou menos.

O zagueiro Thiago Heleno comentou dificuldade em ter tantos jogadores jovens no elenco, na mesma fala, em coletiva:

“Temos muitos jogadores novos e numa pressão de Libertadores há a ansiedade, a cobrança do torcedor, e aí acaba acelerando algumas coisas. Temos jogadores experientes como o Fernandinho e o Vidal, que ajudam.”

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