Wellington supre necessidades do time e se torna um dos principais jogadores do Athletico

Ao analisarmos um jogador, por vezes escapa a importância do contexto. Wellington teve uma carreira de altos e baixos até chegar ao Athletico. Em seu time anterior, porém, as coisas definitivamente não iam bem. Quando deixou o Vasco para vir até Curitiba, torcedores do clube carioca comemoraram como se fosse um novo reforço.

Me parece óbvio que um meia de características defensivas é quase inerte quando o ambiente não é propício para jogar futebol.  Basta lembrar de Deivid, o “Coquinho”, em 2011. Terminou em Brasileirão daquele ano como um dos líderes em estatísticas nos desarmes, tendo algumas performances realmente surpreendentes. Ainda assim, o Athletico caiu e ele foi fritado junto com o restante, tanto que a torcida dificilmente irá relembrar com carinho os seus feitos naquela temporada. Quando 2011 vem à cabeça, as memórias costumam ser bem desagradáveis.

Nem todos os jogadores são capazes de decidir uma partida, ainda assim eles podem encontrar outras formas de serem vencedores e somar dentro do grupo. Wellington precisava do Athletico. Chegou aqui naquele que era provavelmente o seu momento mais difícil na carreira e, dentro do que poderia oferecer, modernizou seu jogo e encaixou na equipe. Na maior parte do tempo, não foi “o titular”, porém se mostrou disposto e trabalhou.

Na atual temporada, a situação do doping de Camacho surgiu e Wellington foi quem assumiu a bronca na maioria das partidas. Mesmo com características completamente diferentes do então titular, o “Risadinha” fez com que a ausência de Camacho fosse menos sentida do que se imaginava. Implacável na marcação e cada vez mais adaptado ao jogo de posse de Tiago Nunes, Wellington ainda consegue se reinventar aos 28 anos.

E, além de colaborar no campo,  o camisa 5 ainda surge como um dos capitães do elenco, dando injeções de ânimo no elenco e aparentando ser um estupendo líder. Athletico e Wellington se encontraram no melhor momento possível, e é extremamente satisfatório ver um jogador que passou por maus bocados viver dias felizes em um novo lar.