Atletiba da Páscoa, provocação ao rival, lembrança de títulos e adoção de novo mascote: veja detalhes do vídeo publicado pelo Athletico
A campanha publicitária lançada nesta quinta-feira (25) pelo Athletico dividiu opiniões e repercutiu nacionalmente pela ousadia. Postura forte exalta o “pacto” com o torcedor para os seis últimos jogos a serem disputados na Ligga Arena e relembra momentos relevantes da história do clube.
O próprio conceito do “pacto com o diabo” tem relação histórica. Em mais de uma oportunidade o torcedor do Athletico já exaltou essa vertente em mosaicos realizados tanto na primeira versão da Arena da Baixada, quanto na atual.
O “caldeirão do diabo” já foi a principal alcunha da Baixada e as referências ao inferno também apareceram frequentemente entre manifestações da torcida do Atheltico. Relembre:
Vídeo promocional inicia com a imagem de um livro que diz em sua capa “Pactum Victoriae“. Do latim, expressão se traduz em português para “o acordo pela vitória”. A ideia do pacto surge, entre outras influências, de um famoso áudio de um torcedor do Coritiba, que mencionava o pacto de Petraglia para conseguir fazer o Atheltico vencer.
Clube não só faz referência com o livro, mas também mostra a ideia de pacto com o aperto de mãos ensanguentadas. O “pacto de sangue” é instituição famosa quando se toca na relação com o diabo, no mundo do entretenimento.
Atletiba da páscoa de 1995
É uma das grandes sacadas da produção. Momento é considerado como símbolo de revolução por Mário Celso Petraglia e é citado recorrentemente pelo presidente do Athletico. O 5 a 0 sofrido contra o Coritiba causou a virada de mesa que colocou o cartola à frente do Furacão, que vence a série B do Campeonato Brasileiro na mesma temporada.
No vídeo, ato é representado por um coelho – da Páscoa – de olhos vermelhos, ao lado da escrita “1995” em uma parede.
Títulos conquistados
Departamento de comunicação e marketing do clube também ressaltou títulos conquistados na era Mário Celso Petraglia, de maneira parecida. Anos de 2001 (título brasileiro), 2018 (primeiro título de Sul-Americana), 2019 (Copa do Brasil) e 2021 (segundo título de Sul-Americana) aparecem em momentos diferentes.
A temporada 2021 é a mais lembrada. Com Paulo Autuori na direção técnica daquele ano, o Furacão foi a Montevidéu-URU enfrentar o Bragantino na final da Sula. Nikão, de voleio, marcou único gol do jogo e teve lance lembrado em vídeo publicitário. O sol da bandeira uruguaia, que já esteve até em uniforme atleticano na última coleção, também aparece.
O ano de 2021 é o que mais tem remanescentes no elenco, comparado às temporadas que tiveram título de expressão. Thiago Heleno, Erick, Nikão, Christian e o técnico Lucho González participaram de campanha.
O único caneco lembrado na produção que não foi vencido na era Mário Celso Petraglia foi o Campeonato Paranaense de 1949. Em momento em que lembra de suas raízes, clube coloca imagem do time que rendeu o apelido de “Furacão”, perfilado.
Laio; Nilo e Valdomiro; Waldir, Wilson e Sanguinetti; Viana, Rui, Neno, Jackson e Cireno foram lembrados em chamada para os jogos mais importantes do ano de centenário do clube, nesta reta final do Brasileirão. Jackson, artilheiro da equipe de 49, foi homenageado em outra oportunidade nesta temporada, por também completar 100 anos em 2024.
Torcida
Para chamar o torcedor e melhorar o ânimo, o Athletico também fez referências populares e a seu torcedor. No dia em que voltou a parabenizar a Torcida Organizada Os Fanáticos pelo 47° aniversário completo, colocou em destaque a caveira, em diferentes momentos.
Além disso, também adotou sugestões e tornou o Dobermann em mascote amedrontador. Cachorro aparece em outras oportunidades em publicações de competições Conmebol, mas nunca oficialmente em comunicados do clube. Desde o rebranding de 2018 o Athletico tem o “Fura-cão” como mascote.
Para animar seu torcedor o Athletico também apostou em provocar o rival Coritiba. Em determinado momento é mostrado um porco (apelido pejorativo) com uma maça verde na boca. Marketing do clube já teve outros momentos assim recentemente, como no ano passado, quando publicou vídeo que relacionava o Couto Pereira com o cemitério vizinho, enquanto o Coxa se afundava na zona do rebaixamento.
Há quem relacione, também, ao “Atletiba do porco”, de 1990, quando Julião, conhecido torcedor atleticano e d’Os Fanáticos, entrou em campo com um porco pintado de verde e branco.